sábado, 18 de dezembro de 2010

Em Defesa do Regime Monárquico...



O mais importante de todos os argumentos em defesa do Regime Monárquico Constitucional, é sem dúvida a Independência da Instituição Rei. 


Relativamente a todos os partidos políticos e relativamente a todas as organizações sócio-profissionais.


O Rei, numa sociedade moderna, não é apenas uma pessoa. 


É uma Instituição, que tem numa pessoa, o Rei, o mais importante símbolo de toda uma Nação e da sua História. O Rei e todo a Instituição, tem de ser Livre e Independente. Todos os que fazem parte do seu “staff” de apoio, todos os que com ele trabalham e para ele exercem funções, têm de assumir o mesmo estatuto de total Independência e de integral autonomia.

Qualquer imagem, noutro sentido, afecta gravemente a imagem de Independência Real e por consequência é contrária ao mais significativo argumento monárquico.


Este rigor, está na base da preservação de todos os Regimes Monárquicos. Em nenhum dos Regimes Monárquicos, é admissível a permissividade partidária nas estruturas de apoio ou que estão ao serviço do Rei. Este rigor, não é seguido, nem perfilhado, nas Organizações Monárquicas Oficiais portuguesas. Sem ele, sem esse rigor no princípio, a credibilidade da Independência fica afectada. Essa ausência de coerência é transmitida ao Rei e há Instituição Monárquica. 


Todos ficam sujeitos ao argumento da incoerência, que muito naturalmente é utilizado pelos republicanos. A mais importante e significativa vantagem do Regime Monárquico fica assim esbatido e permissivo ao contraponto de argumentação republicano.


Se queremos que os princípios monárquicos tenham credibilidade, nunca poderemos ser permissivos á contra-argumentação factual, que permita apontar contradições.


É da inequívoca opção pelo rigor deste princípio de Independência, que em muito dependerá a capacidade dos monárquicos, passarem a ter todas as condições para alcançarem o objectivo de restauração ou reimplantação do Regime Monárquico. Nenhum Dirigente monárquico, pode ficar sujeito á suspeição lançada por terceiros de que dá prioridade, ou sofre a influência de uma força partidária. Em nenhum momento isso pode acontecer, muito menos na actual situação portuguesa, onde seria essencial e determinante a afirmação do princípio da Independência, para denúncia da situação de promiscuidade e de dominância partidária de todo o Regime republicano.


Será certamente a ausência de uma reflexão aprofundada sobre esta premissa de exigência de rigor, que ocasiona situações de confusão inaceitáveis, por originarem uma discussão sobre a contradição do mais importante princípio monárquico.


Se é desejável que todos os monárquicos participem na vida activa partidária e na vida activa da sociedade portuguesa, isso não pode nem deve ser confundido, com a exigência de Independência que todos os Dirigentes monárquicos têm de garantir.


A independência relativamente aos partidos políticos é um Juramento de Honra para todos os representantes das Instituições Reais em todas as Monarquias. 



José J. Lima Monteiro Andrade

5 comentários:

  1. uma excelente observação a respeito da Causa Real portuguesa, que também cabe a Causa Imperial brasileira...

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Edemir,boa noite.
    Gostei muito do seu blog .Tem um conteúdo excelente e uma visão atualíssima do que seja a monarquia .Tambem sou a favor da restauração do poder da família real .Só com pessoas como êles ,verdadeiramente interessados no país ,é que este Brasil vai sair do atoleiro moral e ético em que se encontra presentemente
    Abraços

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  4. Morrendo de RIR com esse blog, Monarquia no Brasil= Ditadura, quem seria o REI esses que estão acostumados com a distância do povo brasileiro?

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  5. Ja que o brasileiro quer
    mudança,porque nao clamar a
    Restituiçao da Monarquia.Sou
    favoravel a Monarquia
    Parlamentarista.Em um caso de
    descontentamento popular
    contra o Parlamento o Monarca
    teria o poder de destituir o
    Parlamento e convocar novas
    eleiçoes.Nao precisariamos
    esperar 04 anos.Sem contar que
    na Monarquia ao inves de
    pagarmos 06 ExPresidentes e
    mais 01 atual pagariamos
    somente ao Monarca.E outra a
    Monarquia caiu nao foi por
    vontade popular.Pensemos
    nisso.

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