"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Pela Volta da Monarquia !!!

                                                                            Os Príncipes do Brasil
Movimentos monarquistas, no Brasil, desde 1889 até os dias de hoje.

Os Movimentos Monarquistas no Brasil.

Com a ida da Família Imperial Brasileira para a Europa, em vista do golpe republicano, foi imediatamente organizado no Rio de Janeiro o Diretório Monárquico, que se reportava diretamente ao Imperador e, depois, à Princesa Isabel.

1895 – Partido Monarquista – fundado em São Paulo.
1896 – Centro Monarquista – fundado no Rio de Janeiro.

Entre 1889 e 1910 os monarquistas fizeram-se presentes nos seguintes movimentos:

- na renúncia de Deodoro;
- na Revolta da Armada;
- na Revolução Federalista (observação a revolução federalista, muito pouco abordada nos livros escolares de História, ensangüentou os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, por três anos, tendo depois, na sua fase final a adesão da Marinha de Guerra – Revolta da Armada -) 

Houve um plano de trazer da Europa o Príncipe Dom Pedro de Alcântara para assumir a chefia das forças contrárias ao governo republicano, mas a Princesa Isabel não concordou com isso alegando a presença, na revolta, de elementos maçônicos;

- na Revolta de 1902 em São Paulo;
- na campanha contra a vacinação obrigatória;
- na candidatura do Marechal Hermes da Fonseca (provavelmente por ser filho do Marechal Hermes da Fonseca, irmão de Deodoro, e que ficou esperando D. Pedro II na Bahia, onde era o comandante do Exército, para iniciar a reação contra o golpe republicano).

Houve colorações monárquicas, também, na Guerra de Canudos (25.000 mortos aprox.) e na Guerra do Contestado (30.000 mortos aprox) (Santa Catarina).

1928 – AIPB – Ação Imperial Patrianovista Brasileira, com sede em São Paulo. Nasceu com o nome de Centro Monarquista de Cultura Social e Política Pátria Nova. Foi atuante até o ano de 1972, tendo-se expandido por cerca de 105 (cento e cinco) municípios brasileiros através de núcleos. Originou-se por um lado em católicos monarquistas anti-liberais que associavam a monarquia ao corporativismo e por outro lado de membros da Frente Negra Brasileira.

É importante lembrar que a AIPB teve milhares e milhares de membros dos quais muitos ainda vivos. Acredito que um movimento monarquista mais atuante seria capaz de sensibilizar antigos membros da Pátria Nova para novos trabalhos em prol da Restauração.

Outro dado curioso é que a TFP surge em São Paulo em centro católico chamado Centro Dom Vital, onde os patrianovistas também atuavam.

1988 – Com a previsão de um plebiscito para escolha de forma e sistema de governo, em 1993, conforme Disposição Transitória consignada na Constituição de 1988, surgiram três movimentos monárquicos, especialmente criados para aquele evento político.

01 - MPM – Movimento Parlamentarista Monárquico.

Atuou desde 1988 até 1994. E teve núcleos em pelo menos 20 estados brasileiros. Mais ainda: produziu um grande número de documentos importantes que podem ser consultados na coleção completa do jornal CARA & COROA.

(O companheiro Gastão Reis, na época presidente do MPM no Estado do Rio de Janeiro, de Petrópolis dispõe de uma coleção completa)

Produziu inclusive, com apoio de juristas de renome, um anteprojeto de constituição monárquica no caso de vitória no plebiscito.  

Foi o único movimento monárquico que, sob a liderança do Dep. Cunha Bueno, seu presidente nacional, conseguiu marcar data e realizar um plebiscito sobre a forma de governo: monarquia ou república. Em termos de eficiência, foi também o único movimento monárquico que chegou tão longe em matéria de colocar em risco a continuação da república brasileira.

Cabem aqui algumas palavras do companheiro Gastão Reis a propósito do MPM: “Mencioná-lo é questão mínima de justiça. Eu acompanhei por dentro  toda a trajetória do MPM e posso dar o testemunho das várias tentativas de união dos monarquistas e de nossos príncipes encabeçadas por ele. Se ainda não conseguimos chegar lá, cabe a  TODOS nós, monarquistas e príncipes, a responsabilidade pelos equívocos cometidos nesse processo. 

Terceirizar a culpa, esporte nacional favorito, não pode nos contaminar. Isso é coisa de gente infantilizada. De toda forma, nossa luta continua e tenho certeza que chegaremos lá”.

02 - Conselho Pró Brasil Monárquico 

– Com sede em São Paulo (SP). Também estruturado na época do plebiscito. Muito atuante também, em outros estados. Era presidido por Roberto Mourão e contava com o trabalho de pessoas que hoje integram tanto o Brasil Imperial quanto a Pró-Monarquia.

03 – Movimento Parlamentarista Real – Sob a liderança do Príncipe Dom Philippe Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança.

Observação: Os príncipes Dom Luiz, Chefe da Casa Imperial do Brasil e Dom Bertrand, Príncipe Imperial do Brasil, tentaram registrar oficialmente a Frente Dom Pedro II, mas não conseguiram em vista de exigências do governo, na época, que não puderam ser atendidas.

Movimentos atuais.

-         Pró Monarquia – movimento cultural e político que tem o apoio da Casa Imperial do Brasil, com Sede em São Paulo-SP. O Pró-Monarquia atua em outras cidades e estados através dos Círculos Monárquicos, onde se destaca o Círculo Monárquico do Rio de Janeiro.

-         Brasil Imperial – sociedade monarquista independente, de São Paulo, fundada originalmente pelo Gen. Pedro Luis de Araújo Braga e hoje sob a liderança do Sr. Alan Morgan.

-         IBEM – RS – Instituto Brasileiro de Estudos Monárquicos – Rio Grande do Sul – sociedade monarquista independente gaúcha, com sede em Porto Alegre.

O IBEM abrange também Minas Gerais, o IBEM-MG e o estado do Pará em organismo próprio.

-         Instituto Dona Isabel I – Associação carioca de caráter cultural mas com discreta atuação monárquica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário