"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Retomada da Dignidade Nacional


Após a Proclamação da República - não através de um plebiscito ou alteração da Constituição de 1824, que, aliás, não vedava a troca da forma de governo do país, ao contrário das constituições republicanas de 1891 até a de 1967, que tinham cláusula pétrea de não se poder trocar a forma republicana. 


— não melhoraram as condições políticas do país. Com a instauração do Presidencialismo caudilhesco, verdadeiras oligarquias se criaram no país, mantendo-se até hoje, como no Maranhão.


Com o falso federalismo, os estados permaneceram como verdadeiras províncias, gerenciados por oligarquias regionais, que eram sucessivamente reeleitas, combatendose pelas armas e corrupção, nos governos dos ditos estados. Os partidos republicanos eram regionais e impunham verdadeiras ditaduras regionais. 


Aqui no Rio Grande do Sul, isso foi bem característico pelas matanças entre chimangos e maragatos. Este ciclo que durou até 1930, além de crimes políticos, também ensejou a corrupção, não como hoje, mas auxiliam a manutenção da corrupção.


A Revolução de 1930, contra este estado de coisas, terminou com a perda da “independência” dos estados, partindo para o governo centralizador de Vargas, com seus interventores, daí partindo para a Revolução Paulista de 1932, com a Constituinte de 1934, de curta duração da Constituição, mas já dentro de um espírito mais centralizador, sendo revogada pela de 1937, que quebrou a relativa independência dos estados federados, por um governo centralizador e ditatorial que controlou os estados através de interventores federais até 1945, que inclusive criou novas oligarquias estaduais comandadas por Vitorino Freire no Maranhão, Benedito Valadares em Minas Gerais, Ademar de Barros em São Paulo, Amaral Peixoto no Rio de Janeiro etc.


Com a centralização do poder, a corrupção começou a aumentar no país, e seguiu em andamento nos governos Dutra, Getúlio Vargas, Café Filho, Juscehno Kubischek, Janio Quatros e João Goulart, seguindo nos governos militares e pasmem, aumentou na redemocratização, com Sarney, Collor, um pouco mitigada com Itamar Franco, seguiuse os dois períodos de FHC e acelerando mais com o famoso mensalão do governo Lula, e tudo aquilo que estamos assistindo agora, pois já não têm mais vergonha de ser citados.


Em suma, parece que estamos chegando no fim do poço, se é que estamos chegando. São 122 anos de república, que vem se degenerando continuamente. 


Para se terminar o descalabro fora de controle, somente fazendo uma reforma política grande, não essa meia sola que estão fazendo. E o famoso Presidencialismo de coalizão ou franciscano que é dando que se recebe. 


Somente o estabelecimento do Parlamentarismo, com governos responsáveis perante o Parlamento, resolverá a questão, todavia será implantado somente com a Monarquia, pois a República é visceralmente Presidencialista. 


por:   Aldo Borges Campagnola

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