"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Nas mãos de quem?

Durante o mês de setembro, bem próximo à Semana da Pátria, o Governo Federal produziu um comercial mostrando as coisas boas do Brasil com afirmação de que o mesmo está nas mãos do seu Povo. 



Obviamente com uma associação de imagens e sons que, subliminarmente, remetiam às verdadeiras mãos que controla este País.


O comercial deixou de ser veiculado, mas a pergunta pode ser refeita: nas mãos de quem mesmo? A verdade é que o Brasil nunca esteve nas mãos de seu Povo.


O gentílico com o sufixo “eiro” do brasileiro garante que as mãos deste Povo sirvam apenas para sustentar o Leviatã, ou seja, um Estado inchado de funcionários públicos, comissionados, apaniguados, governantes e políticos eleitos por um modelo anacrônico e viciado, corruptos e corruptores, invandindo, pois, a própria iniciativa privada e a Sociedade, que se estabeleceram três castas distintas: a plebe, os plutocratas e meta-capitalistas e a Corte.


O despudor tomou conta, pois a impunidade das iniqüidades, roubalheiras, desvios, desmandos, ineficiência e tudo o mais que envergonha a Nação já começa a ficar no tempo pretérito, criando uma sensação de “não me importo mais”. 
Pode-se observar isso pela aparente impossibilidade de ocorrência de protestos massivos – todos que foram tentados resultaram pífios. 


O sucesso das marchas em apologia ás drogas e ao homossexualismo reúnem milhares e até milhões de pessoas nas ruas, demonstrando claramente uma desconexão da sociedade dos seus valores mais tradicionais, não porque não acreditam nos mesmos, mas porque a esperança foi para o ralo. 


Quando a maioria fica silenciosa, as minorias, bem manipuladas pela opinião publicada é que parecem maiorias.
Não se pode prever um futuro muito bom para a Nação Brasileira, a continuar o modelo vigente. 


O centralismo tomou conta e não estamos muito longe de ter tudo absolutamente dominado pelo cruzamento de dados, todos sendo coletados diligentemente por meio de recadastramentos a titulo de “ampliar segurança do voto”, por exemplo, e logo, com a Carteira de Identidade com chip. 


Os equipamentos e sistemas estão prontos e até mesmo segmentos da Sociedade estão promovendo movimentos por maior eficiência do Estado, misturando-se com integrantes do próprio setor público, uma estranha simbiose que vai resultar em mais dominação. 


Se tivermos mais eficiência neste modelo de concentração de poderes, certamente se abrirá porta para um novo modelo de ditadura, com absoluta eficiência na cobrança dos tributos, no cumprimento das cada vez mais ridículas obrigações acessórias para pessoas e empresas, enfim, no controle social, a implantação de um modelo “matrix”.


Se o leitor achar tudo isso muito conspiratório, convidamos a saber mais sobre os sistemas de controle da Super-Receita e do Banco Central, com radares e câmeras de televisão cada vez mais presentes na montagem de big-brothers por todo o País, na cobrança antecipada de impostos, antes mesmo de as mercadorias serem efetivamente vendidas e pagas (substituição tributária), enfim... o Google fornecerá muitas informações. Depois é só juntar tudo.


Só a desconcentração dos poderes pode reverter essa situação. Afinal, como dizia Lord Acton: “ O poder absoluto corrompe absolutamente”. Ainda mais quando está nas mãos de poucos. 

I.F : Instituto Federalista

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