"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

domingo, 2 de dezembro de 2012

Que Saudade Do Poder Moderador



O momento que passamos hoje não é o pior nem o melhor de nossa história política. Apenas mais uma passagem de falcatruas, corrupção, malandragem, descaso, picaretagem, fisiologismo, apadrinhamento e roubo público. Mas o que mais incomoda não são essas notícias corriqueiras do nosso dia-a-dia dentro do cenário que ronda as casas legislativas, e sim o processo absurdo que os políticos tramitam para votação em plenário. Que processo é esse? O de aumentar em quase 100% os seus próprios salários. A questão envolve muito mais coisas que o senso comum possa imaginar.

Se existe essa vontade enorme do legislativo em equiparar o salário com o judiciário, porque não diminuir o teto deste segundo, ao invés de querer aumentar o do primeiro? Porque não chegar a um acordo democrático, pois dizem que vivemos em uma democracia representativa e que nós escolhemos aqueles indivíduos que melhor nos representarão em Brasília? Será que antes de nós votarmos neles, algum deles manifestou em campanha que gostaria de aumentar seus próprios salários? Que prefeririam se digladiarem a agirem em conjunto em prol do país? Essas são perguntas que talvez o aquecimento global talvez não deixe responder, pois nossas gerações vindouras nem venham a existir.

O aumento do salário dos deputados federais e senadores significam não só o aumento de mais de 600 funcionários. Muitas pessoas não sabem que, por exemplo, um deputado estadual ganha 75% do salário de um deputado federal; e que um vereador ganha 75% de um salário de um deputado estadual. Façam as contas e teremos um aumento cataclísmico daquelas pessoas que se dizem serem os representantes do povo. Mas o mais grave não é isso. Muitas pessoas também não sabem que os 12 mil e pouco que esses deputados ganham é a menor parte de seu ordenado, pois existem algumas gratificações como auxílio paletó, auxilio moradia, e outras regalias que chegam a mais de 50 mil. Imaginem o que o dobro do salário não traria de benefícios para todos nossos queridos organizadores, legisladores e justos rapazes da capital?

Agora chego ao ponto do título deste artigo. Para quem não sabe o poder Moderador era utilizado por um de nossos imperadores para manter a ordem quando os outros três (Executivo, Legislativo e Judiciário) não chegavam a um acordo ou abusavam do poder público. Reconheço que o poder Moderador também possa ser um abuso do poder público, mas pelo menos seriamos controlados por um e não por milhares de corruptos.

 Hugo Leonardo Cavalcanti

3 comentários:

  1. D.Luis é a favor que o catolicismo romano seja a religião oficial do Brasil, enquanto tivermos a republica poderemos escolher a religião que desejamos seguir, viva a republica.

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    1. Por essa razão que muitos monarquistas não o querem para Imperador e estão aguardando pela chefia de D. Antônio (que é o mais liberal dentre os 3 irmãos) ou o filho dele, D. Rafael

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  2. Até 1889 eramos uma democracia em desenvolvimento, o maldito golpe militar de Deodoro interrompeu nosso desenvolvimento e nos lançou em 123 anos de rupturas, golpes, poder aristocrático, interrompendo o amadurecimento da democracia monárquica. Era inclusive esperado para a legislatura que assumiria em 19 de novembro de 1889, um projeto de reforma constitucional que visava a separação entre igreja e Estado, entre outros ponto mais relevantes. Ou seja, tinhamos um projeto de democracia e desenvolvimento capitaneado pela coroa, depois disso apenas projetos pessoais para beneficiar grupelhos de parasitas aglutinados no poder.

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