"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

sábado, 18 de dezembro de 2010

Em Defesa do Regime Monárquico...



O mais importante de todos os argumentos em defesa do Regime Monárquico Constitucional, é sem dúvida a Independência da Instituição Rei. 


Relativamente a todos os partidos políticos e relativamente a todas as organizações sócio-profissionais.


O Rei, numa sociedade moderna, não é apenas uma pessoa. 


É uma Instituição, que tem numa pessoa, o Rei, o mais importante símbolo de toda uma Nação e da sua História. O Rei e todo a Instituição, tem de ser Livre e Independente. Todos os que fazem parte do seu “staff” de apoio, todos os que com ele trabalham e para ele exercem funções, têm de assumir o mesmo estatuto de total Independência e de integral autonomia.

Qualquer imagem, noutro sentido, afecta gravemente a imagem de Independência Real e por consequência é contrária ao mais significativo argumento monárquico.


Este rigor, está na base da preservação de todos os Regimes Monárquicos. Em nenhum dos Regimes Monárquicos, é admissível a permissividade partidária nas estruturas de apoio ou que estão ao serviço do Rei. Este rigor, não é seguido, nem perfilhado, nas Organizações Monárquicas Oficiais portuguesas. Sem ele, sem esse rigor no princípio, a credibilidade da Independência fica afectada. Essa ausência de coerência é transmitida ao Rei e há Instituição Monárquica. 


Todos ficam sujeitos ao argumento da incoerência, que muito naturalmente é utilizado pelos republicanos. A mais importante e significativa vantagem do Regime Monárquico fica assim esbatido e permissivo ao contraponto de argumentação republicano.


Se queremos que os princípios monárquicos tenham credibilidade, nunca poderemos ser permissivos á contra-argumentação factual, que permita apontar contradições.


É da inequívoca opção pelo rigor deste princípio de Independência, que em muito dependerá a capacidade dos monárquicos, passarem a ter todas as condições para alcançarem o objectivo de restauração ou reimplantação do Regime Monárquico. Nenhum Dirigente monárquico, pode ficar sujeito á suspeição lançada por terceiros de que dá prioridade, ou sofre a influência de uma força partidária. Em nenhum momento isso pode acontecer, muito menos na actual situação portuguesa, onde seria essencial e determinante a afirmação do princípio da Independência, para denúncia da situação de promiscuidade e de dominância partidária de todo o Regime republicano.


Será certamente a ausência de uma reflexão aprofundada sobre esta premissa de exigência de rigor, que ocasiona situações de confusão inaceitáveis, por originarem uma discussão sobre a contradição do mais importante princípio monárquico.


Se é desejável que todos os monárquicos participem na vida activa partidária e na vida activa da sociedade portuguesa, isso não pode nem deve ser confundido, com a exigência de Independência que todos os Dirigentes monárquicos têm de garantir.


A independência relativamente aos partidos políticos é um Juramento de Honra para todos os representantes das Instituições Reais em todas as Monarquias. 



José J. Lima Monteiro Andrade

5 comentários:

  1. uma excelente observação a respeito da Causa Real portuguesa, que também cabe a Causa Imperial brasileira...

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Edemir,boa noite.
    Gostei muito do seu blog .Tem um conteúdo excelente e uma visão atualíssima do que seja a monarquia .Tambem sou a favor da restauração do poder da família real .Só com pessoas como êles ,verdadeiramente interessados no país ,é que este Brasil vai sair do atoleiro moral e ético em que se encontra presentemente
    Abraços

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  4. Morrendo de RIR com esse blog, Monarquia no Brasil= Ditadura, quem seria o REI esses que estão acostumados com a distância do povo brasileiro?

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  5. Ja que o brasileiro quer
    mudança,porque nao clamar a
    Restituiçao da Monarquia.Sou
    favoravel a Monarquia
    Parlamentarista.Em um caso de
    descontentamento popular
    contra o Parlamento o Monarca
    teria o poder de destituir o
    Parlamento e convocar novas
    eleiçoes.Nao precisariamos
    esperar 04 anos.Sem contar que
    na Monarquia ao inves de
    pagarmos 06 ExPresidentes e
    mais 01 atual pagariamos
    somente ao Monarca.E outra a
    Monarquia caiu nao foi por
    vontade popular.Pensemos
    nisso.

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