"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A desindustrialização brasileira



Há poucos dias foi notícia em todos os jornais a perda de clientes das indústrias brasileiras para as chinesas, tanto em nível externo quanto interno. 


Os números são bem expressivos, mas para quem conhece a realidade da Economia e a ação humana, sabe que a competição envolve diversos aspectos das preferências por produtos, desde preço até qualidade. 


O mantra que se repete nessas situações é sempre o mesmo: levantar barreiras protecionistas. Estas já se provaram ser prejudiciais ao interesse da Nação, tanto no aspecto evolutivo quanto na justiça dos preços diante do próprio povo. 


A proteção reprime a competição, que acarreta em acomodação na evolução tecnológica, na melhoria de processos, de produtividade e todas as demais situações que levam mais oportunidades, inovações, empregos e riquezas. E não permite a queda de preços, pois a competição sempre beneficia o consumidor, que é, afinal, o objetivo de conquista de qualquer empresa. 


Essa situação não é “privilégio” do Brasil, mas também de vários outros, como os da Europa, dos EUA e provavelmente vários da América Latina. A razão é que governos não querem – ou não podem, por impedimentos legais/constitucionais – reduzir seus gastos, rever suas posições, abrir mão de poderes e atribuições. 


Por conta disso, os pagadores da conta, ou seja, cada indivíduo que forma o conjunto da Nação, fica sem opção, tendo que adquirir o que está disponibilizado, pelo preço imposto pelo protecionismo obtido pelas empresas que, afinal, de contas, não vêem outra forma de sobreviverem. A corda, como sempre, arrebenta no lado mais fraco. 


O conjunto de problemas que formam o custo de um país, em especial o Brasil, é grande. Carga tributária, juros altos, capital escasso, regulamentação excessiva, infra-estrutura absolutamente deficiente, mão de obra escassa e encargos trabalhistas e fiscais incompatíveis com a realidade competitiva de outros “players”, realmente se tornam obstáculos intransponíveis para qualquer empresa nacional que exporte algo que não seja do setor primário. 

Para agregar valor negativo ao pacote de problemas tupiniquim, a carga tributária que incide sobre toda a cadeia produtiva, produzindo resultados inflados além da imaginação. Nesta semana postamos um artigo do Diretor de Relações Internacionais Fábio Lins Leite, que consolidou um debate interno sobre a realidade dos impostos no Brasil. 


E esta realidade é chocante, pois na maioria dos casos, a tributação passa dos 100% sobre o custo limpo (sem tributos). Há condições de competir? 

Como todo o aparato estatal se alimenta dessa comilança tributária que extorque os bolsos dos pagadores da conta e prejudica o Brasil diante do mundo, não há chances de reduzirem o custeio. O corte de R$ 50 bilhões anunciado há dias apenas retira o acréscimo pré-eleitoral imposto para... bem, o leitor concluirá...


autor desconhecido. 

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