"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Projetos e realizações



Em qualquer realização, principalmente em obras de engenharia, para que se tenha produto final sem falhas, uma coisa é essencial: um projeto. 


Sem projeto bom e bem analisado, a obra quando pronta, não prestará os serviços para a qual foi construída.

Temos lido nos periódicos anuncio de varias obras que estão em vias de serem construídas mas, não vemos em nenhuma delas, anuncio do projeto concluído.Vamos citar algumas.

Tem se falado muito na construção do trem de alta velocidade, o chamado trem-bala, que uniria Rio de Janeiro a São Paulo. 
É obra de difícil construção pois, iria do nível do mar no Rio de Janeiro, a Campinas a setecentos metros de altitude, atravessando vários obstáculos geográficos. 


Anuncia-se a concorrência de construção, vária vezes adiada. Mas, onde está o projeto da via? 


Como se poderá saber os custos da construção sem termos projeto pronto? Mais uma das temeridades de governos despreparados. 


Há, evidentemente, construtoras afoitas que, se lançarão ao empreendimento, como sabemos que isto acontece freqüentemente no Brasil e, depois pedirão reajuste de preços caindo a conta nas costas dos contribuintes.

Outro exemplo. 



Fala-se na ampliação de vários aeroportos para atender a demanda que, cada vez aumenta mais. Leio que companhias privadas farão parte da obra e que outras instalações seriam construídas pela Infraero, estatal que administra os aeroportos atualmente. 


Li, com satisfação, que o governo atual pretendia privatizar alguns aeroportos na linha que segue certos países adiantados. Mas, logo após, leio que não era bem assim. 


Haveria uma mistura completa, ficando a Infraero com parte das obras e, as empresas privadas com outras partes no mesmo aeroporto. Bela confusão. Em artigo anterior defendi a privatização dos aeroportos brasileiros apoiando anuncio feito pelo atual governo. Vejo que me enganei. Não há privatização alguma.

É difícil, no Brasil, seguir o caminho do sucesso nos empreendimentos estatais. O empreguismo, os feudos políticos, sempre se oporão à privatização.

Mas, o que desejo frisar nestas linhas, como disse anteriormente, é que antes de qualquer obra, o projeto pleno e acabado de obras públicas, deve ser preparado, para que possa ser conhecido e discutido pelo contribuinte que, afinal é quem vai pagar seus custos. 



E isto tem sido seguido raramente pelos recentes governos. Todo dia lemos, em periódicos, que as obras iniciadas no governo Lula, por não terem seus projetos bem feitos, estão apresentando inúmeras deficiências. Ai está o exemplo.

A falta de bons projetos que, conduziram a obras mal feitas e mal aproveitadas no Brasil, principalmente no governo Lula, faz-me lembrar Milton Friedman, grande economista americano, prémio Nobel: 



“A solução do governo para um problema é usualmente tão ruim quanto o problema.”

José Celso de Macedo Soares

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