"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

terça-feira, 31 de maio de 2011

Reforma tributária engasgada



De volta ao ponto de partida. 


O Ministério da Fazenda não aceitou a proposta de alíquotas diferenciadas para o ICMS interestadual, conforme o grau de desenvolvimento do Estado, apresentada pelos governadores do Nordeste nas reuniões sobre a reforma tributária. 


A fatiada, que começaria pelo ICMS. Para o secretário executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, não é assim que se vai acabar com a guerra fiscal. O Ceará sugeriu variação de 7% a 2%, de acordo com a renda per capita no Estado.

Como já foi dito aos governadores do Sul e do Sudeste, antes. a proposta do governo é de alíquota unificada mais baixa e não diferenciada para o ICMS, podendo pensar em cobrança de alíquotas diferenciadas de tributos federais, nos moldes propostos pelo Nordeste, para incentivar o desenvolvimento das regiões com menor renda per capita. 



Isso já se faz em países desenvolvidos, segundo Barbosa, com a vantagem de os incentivos fiscais serem coordenados pelo governo federal, por não envolverem tributos estaduais.

Outro ponto específico levantado pelos governadores do Nordeste foi o comércio eletrônico, cuja arrecadação de ICMS vai para o Estado onde a página na internet tem sede. 



Os nordestinos sugerem acordo de repartição do imposto, como ocorre com os automóveis (55% do imposto vai para o Estado produtor e 45% para o Estado consumidor). A ideia agradou ao governo, com a ressalva de, antes, os Estados chegarem a consenso sobre essa partilha.

Mais: a discussão sobre o fundo de desenvolvimento regional que compensará os Estados que perderem receita com a reforma tributária só começará quando forem concluídos os estudos do governo sobre esses prejuízos - o que ainda não tem data prevista ou marcada.

SP reconhece RM


A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou Projeto de Lei Complementar de criação da Região Metropolitana de São Paulo, formada por 39 municípios. Reconhecida oficialmente, a região toda passa a contar com os mecanismos de investimento e planejamento das ações metropolitanas. 



O projeto, cuja origem é o Executivo, espera sanção do governador paulista.

No projeto foi refeita a divisão dos municípios em cinco sub-regiões: 



Norte (Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã)
Leste (Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano)
Sudeste (Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul)
Sudoeste (Cotia, Embu das Artes, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista)
Oeste (Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba).

A capital integrará todas as sub-regiões. Haverá um Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo, composto pelos prefeitos dos 39 municípios, para deliberar sobre planos, projetos, programas, serviços e obras a serem executados, com recursos do Fundo de Desenvolvimento.



Joelmir  Beting 

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