"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."
terça-feira, 31 de maio de 2011
Metas e Planos
Palavra da ministra do Planejamento, Miriam Belchior: o edital para construção do novo terminal no aeroporto internacional de Guarulhos (SP), sai em dezembro.
Também na linha de prioridade, os aeroportos de Brasília e o de Campinas (SP), cujos editais ainda não têm data certa de divulgação. Mas os três devem ficar prontos em dezembro 2013 - antes da Copa.
E nesta sexta, 27, resolução da Agência Nacional de Aviação Civil publicada no Diário Oficial da União instituiu a Iniciativa Estratégica de Segurança Operacional para a Aviação Civil, encarregada de criar grupo de trabalho, com representantes do governo, das empresas aéreas e profissionais do setor (pilotos, mecânicos etc) para discutir o aprimoramento da segurança na aviação civil brasileira.
No BNDES, está sendo concluída a análise econômica e financeira necessária para o edital de concessão parcial do aeroporto de Guarulhos, que deve ser do tipo comercial. Se for aprovado esse modelo, o vencedor do leilão construirá terminal e pátio novos, ficando com direito de explorar serviços e comércio. A Infraero continuará a cobrar as tarifas aeroportuárias.
Em junho, devem ser abertas as salas de situação dos aeroportos de Guarulhos e de Brasília, para monitoramento em tempo real de pontos críticos como os check-ins, salas de embarque e pista. Tudo será acompanhado por representantes das companhias aéreas, Infraero, Receita Federal, Polícia Federal e órgãos reguladores. Caberá a eles decidir soluções imediatas para pequenos problemas e sugerir medidas para os mais graves.
Para recuperar o tempo perdido com relação às obras exigidas pela Copa, disse a ministra do Planejamento, o governo toma várias medidas de emergência, especialmente no setor de transporte aéreo - a começar pelas concessões para os terminais de passageiros desses aeroportos.
Para transportes, a estimativa do governo é de investimentos de R$ 104,5 bi, no governo Dilma.
Como é necessário "andar mais rapidamente", segundo a ministra, foi criada a Secretaria de Aviação Civil, que deverá impor medidas para aperfeiçoar as operações nos aeroportos, como o check-in compartilhado, que deve começar a funcionar em Guarulhos e Brasília no final deste ano.
Os pontos de atendimento não serão mais privativos das companhias, podendo ser usados por todas, conforme a necessidade de atendimento, ganhando até 30% de agilidade.
A reestruturação da Infraero prossegue e, pelos estudos em curso, a estatal entraria como sócia de empresas privadas em futuros projetos de concessão de aeroportos, mantendo sob sua responsabilidade alguns aeroportos estratégicos, que gerem caixa abaixo das necessidades de investimentos para expansão.
Mas, disse Belchior, como os "desafios com relação aos transportes são muito maiores do que a Copa", devem ser ampliadas as malhas ferroviárias e rodoviárias e as hidrovias. Há preocupação "com os modais de transporte, que devem englobar o escoamento da produção para os mercados consumidores e, garantir a infraestrutura para o país continuar crescendo."
Trem-bala
A ministra falou em seminário sobre infraestrutura, nesta sexta, em São Paulo. Dele também participou o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Bernardo Figueiredo, que apresentou dados do Trem de Alta Velocidade, unindo Campinas-São Paulo-Rio, cuja primeira parte está sendo prometida para as Olimpíadas, em 2016.
O leilão de concessão está marcado para 29 de julho (propostas podem ser entregues até 11 de julho), para, segundo o edital, ser concluído em até seis anos. Pelo sim pelo não, o TAV vai aliviar a ponte-aérea São Paulo-Rio, disse.
Há possibilidade de mudar a localização da estação do TAV em São Paulo: o projeto inicial a coloca no Campo de Marte (zona norte), mas a prefeitura municipal prefere a Barra Funda na região central, alvo de projeto de revitalização. Também não se exclui a possibilidade de haver duas estações na cidade, segundo Figueiredo.
E os estádios?
Ainda sobre a Copa 2014, informa Andressa Rufino, consultora da Trevisan Gestão do Esporte, que os custos previstos para construção e reforma dos estádios para a Copa 2014 subiram R$ 1,7 bi, em 12 meses: dos R$ 3,7 bi estimados em 2009, passaram a R$ 5 bi em 2010 e agora a R$ 6,8 bi, diz ela.
"Se o cronograma das obras não está em dia e o tempo só está encurtando - faltam 35 meses para a Copa -, a tendência é que os custos das obras se elevem, tanto para acelerar o acabamento quanto devido ao reajuste de preços necessários pelas alterações e correções nos projetos", alerta.
Quanto mais tempo obras se atrasarem, mais caras elas ficarão e menos eficazes serão, continua, "já que muitas passam a ser soluções provisórias, apenas para atender a demanda temporária - e mais, o país perde em credibilidade pela falta de organização".
Mas,com ajuste de planejamento rápido e mais ação dos envolvidos para concretização dos objetivos ainda é possível retomar o caminho certo, conclui.
Joelmir Beting
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