"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

sábado, 25 de junho de 2011

A falência do Estado II


"Quando não há classe média e o número de pobres é excessivo, os problemas aparecem e o poder logo chega ao fim". 

Assim, o filósofo grego Aristóteles sintetizou, há mais de 2 mil anos, a causa primeira da falência do que ele chamava "Politéia" - a costituição política das cidades gregas -, algo parecido com o atual conceito de Estado. 

Mas este comentário, ou advertência ?!, bem poderia ser aplicado à atual situação de desespero e esquizofrenia coletiva por que passam as nações latino-americanas. 

Argentina, Brasil, Venezuela e todos aqueles países que se submeteram ao "Consenso de Washigton", hoje encontram-se em estado assustador de desagregação social e falência política. Seus Estados-nacionais foram finalmente destruídos, suas soberanias estão sendo dizimadas, suas esperanças, aniquiladas.

Tal situação vergonhosa tem nome e sobrenome: internacionalismo financeiro e, seu apanágio, a idéia de um "Estado mínimo". A retirada das responsabilidades e ações do Estado junto à sociedade é baseada num novo paradigma de gestão de Estado totalmente desprovido de preocupações sociais ou estratégias efetivas de gestão pública. 

É o que alguns expertos (assim mesmo com X) da administração chamam de "governança", conceito imbecil imposto goela abaixo aos nossos funcionários públicos por traduções energúmenas mal feitas de documentos estrangeiros, impostos por gente vinculada ao estabelecimento anglo-americano. 

Uma visão tacanha que vê o Estado como uma empresa, com objetivos voltados para o lucro, e o conjunto de indivíduos da sociedade apenas como um mercado, não como cidadãos. São os inteligentes que advogam coisas do tipo terceirização de serviços públicos, privatização-doação de empresas públicas e coisas do gênero. 

Por isso, acreditam que a máquina estatal deva servir apenas para facilitar os lucros das empresas, em especial dos bancos e das multinacionais. 

Ou seja, a esfera pública, na visão dessa gente, nunca foi tão privada, no sentido de que o Estado é, hoje, um verdadeiro condensador de capitais públicos para o setor privado externo, pois vem aumentando o universo de contribuintes e aumentando as taxas e impostos, mas não dando qualquer retorno ao conjunto dos brasileiros (aí inclusa a área de segurança). 

É a velha socialização das perdas e capitalização dos lucros elevadas às últimas conseqüências. 

A atual crise na segurança pública, em todas as esferas do Estado nacional, é sintomática e está diretamente relacionada com tais concepções. 

Os políticos associados a ela mentem. Procuram mostrar indignação a cada desgraça que acontece, como o recente assassinato do prefeito do PT em São Paulo ou o cômico lançamento do tal Plano Nacional de Segurança criado a toque de caixa para salvar a impopularidade do FHC há algum tempo. 

Ou seja, só fazem jogo de cena, simplesmente porque não governam coisa nenhuma, não têm a menor noção do que é segurança pública, não sabem para o que foram eleitos, são apenas títeres de forças exógenas que vêm vilipendiando nosso País há muito. Porém, tentam passar a idéia de que a criminalidade é resultado da eficiência, capacidade de organização ou ousadia dos bandidos, como se, de repente, os criminosos passassem a ter poderes sobrenaturais, quase invencíveis. Que tolice!!! 

Na verdade, estes nossos "líderes" deveriam se envergonhar de argumentar tais disparates. Têm que cair na realidade e assumir que o Estado está falido, que suas políticas "modernizantes" destruíram a autoridade do poder público e sua eficácia em governar. 

Não são os bandidos que estão mais poderosos, mas, sim, os governos que simplesmente não existem mais. É só ver os números do Orçamento. Ali, percebe-se que os investimentos do Governo Federal vêm sendo progressivamente diminuídos, não só na segurança, mas em todos os setores sociais, em benefício do pagamento de dívidas públicas. 

Em 1998, foram liberados pelo Governo federal apenas 41% dos recursos autorizados no Orçamento da União para a segurança pública. Em 1999, 31%. Em 2000, 58%. E, no ano passado, 59%. Na rubrica "repressão ao crime organizado", sob responsabilidade do Ministério da Justiça, foram gastos em 2001 apenas R$ 1,5 milhão. 

Ou 19,38% dos R$ 8,1 milhões reservados para o combate a quadrilhas de seqüestradores, de narcotraficantes e ao comércio ilegal de armas.

Na história, é bom que se diga, sempre que o poder central é fraco, voltamos à forma mais primitiva de ação política: o localismo político, Na Roma Antiga, quando o poder imperial entrou em decadência a partir do século III, as tribos bárbaras invadiram o Império e abriram caminho para o estabelecimento do feudalismo. 

As maravilhosas e eficientes leis do Estado romano foram substituídas pelo direito consuetudinário dos chefes locais. 

O poder de legislar, executar e julgar, foi progressivamente transferido para os senhores feudais, de um lado, ou apropriado pelo internacionalismo da Igreja Católia, por outro. Não foi a força dos invasores que destruiu Roma, mas sua fragilidade interna. Bárbaros sempre existiram nas fronteiras, mas enquanto o Estado romano estava forte, não representavam ameaças substanciais. Somente quando o Estado faliu, os bárbaros arrombaram a festa. 

Algo muito parecido ocorre hoje em nossas favelas. O Estado, em todas suas esferas, vem sendo completamente omisso em dar saúde, educação, segurança ou justiça às populações faveladas. Ele só tem contato com estas pessoas quando a polícia sobe o morro para invadir barracos, humilhar os trabalhadores pobres, desrespeitar direitos e por aí vai. Depois, seus "governantes" reclamam que os bandidos mandam nas comunidades mais carentes. 

O poder local destes traficantes, esses novos senhores feudais, assenta-se na omissão do Estado em dar aos pobres os pressupostos de cidadania que deveria dar, não em seus próprios méritos. 

Porém, a política econômica e os procedimentos políticos desta corrente chamada neoliberalismo não é um fenômeno histórico inexorável e inerente ao desenvolvimento dos meios de produção, distribuição e comunicação, no contexto do que chamam "globalização", como defendem os acéfalos e mau caracteres de plantão. 

Mas um projeto geo-estratégico muito bem elaborado e implementado pelos centros de poder mundiais em detrimento dos países do "Terceiro Mundo". Trata-se de um movimento internacionalista, complexo e eficiente, de setores da plutocracia mundial, consubstanciado no eixo Londres-Nova York e sob os auspícios do sistema financeiro mundial. Movimento voltado para a destruição deliberada de Estados soberanos como o Brasil. 

No caso específico do Brasil, que nos interessa em especial, essas forças parasitárias internacionais encontram-se em situação confortável para atuar, pois contam com uma complexa rede de asseclas nacionais em todas as esferas de poder, em todos os setores da sociedade. Como vassalos fanáticos e fiéis, arregimentados nos mais variados setores na vida nacional, aplicam os mecanismos de dominação vindos de fora com uma presteza e subserviência impressionantes. 

A começar pelo próprio presidente, estes elementos geralmente são originários, por incrível que pareça, de antigos quadros das chamadas "esquerdas". Estão em postos chaves nos Três Poderes e em várias entidades da sociedade civil organizada. 

Muitos deles, no entanto, são tão energúmenos, tão alienados, que não sabem que são manipulados. São o que se convencionou chamar de "inocentes úteis", elementos que, pela sua grande capacidade de proliferação, mais me preocupa. 

Realmente é assustador imaginarmos como o Estado brasileiro está nas mãos destas pessoas. Falo do perfil ideológico e das forças ocultas que representam. Pessoas como o antigo terrorista e hoje Ministro da Justiça (podê?!) Aloysio Nunes Ferreira, esses pseudo-esquerdistas, marionetes financiados pelo Banco Mundial e instituições como a Fundação Rockefeller - e coisas afins -, estão, como cupim, comendo o Estado soberano brasileiro por dentro.

Pessoas como Raul Jungmam, Fernando "Viajante" Cardoso, José Genuíno, Olívio Dutra, Sérgio Mota, Cristovam Buarque e Cia., são ou foram pontos chaves de um processo de absorção de lideranças esquerdistas latino-americanas que vem sendo implementado dos Anos 60 para cá .... 

Na verdade, são a personificação perfeita da pseudo-esquerda ´´ festiva `` dos anos 50 e 60 que, a partir da USP e da UNICAMP, que gerou anomalias teóricas anti-nacionais como a ´´ Teoria da Dependência `` do FHC, quanto algumas concepções vazias e tolas de certos membros do PCB e do PT que sempre viram, por exemplo, a Região Amazônica como um empecilho ao desenvolvimento do socialismo devido sua estrutura econômica "ainda feudal", ou "pré-capitalista". 

Essas pessoas se passam por progressistas, mas sempre fizeram o jogo dos poderosos das elites nacional e internacional que há muito vêm tentando nos dominar. 

Todos eles, hoje, são serviçais apátridas das forças que realmente estão destruindo o Estado brasileiro. Ocupam cargos importantes e estratégicos, servindo como marionetes fiéis ao capitalismo financeiro mundial como FHC na Presidência, Jungmam no Ministério da Reforma Agrária, ou jornalistas como um Jabor, esquerdista nos anos 60 e 70, mas, hoje, macaco da "Globo", instituição que diz combater a corrupção, mas que é, na verdade, um dos principais alicerces de um sistema dependente e corrupto por definição.

 Veículo que, desde o regime militar, é a síntese do processo de desnacionalização da imprensa no País. Essa mesma imprensa "denuncista" que hoje diz combater os corruptos, mas que sempre os apoiou, que combateu das formas mais vis as mudanças efetivas nas estruturas de poder e que vive de vender imagens distorcidas sobre a realidade nacional. 

A raiz desta situação insólita, remonta os idos das décadas de 50,60 e 70. Ainda no contexto da "Guerra Fria", o Sistema Capitalista Ocidental, preocupado com a possibilidade de alianças nacionalistas entre lideranças populares - como Vargas, Perón, Arbens, Chamorro ou outros líderes latino-americanos, com os setores médios urbanos, as massas campesinas e proletárias - procurou fortalecer a ideologia anti-comunista por uma questão geopolítica no Hemisfério Ocidental (Coisa que muito já foi estudado nos meios acadêmicos...).

 Mas, creio, o mais importante ainda, foi a estratégia que procurou fortalecer uma característica inerente ao próprio sistema capitalista avançado: a capacidade da sociedade de consumo em absolver todo e qualquer movimento de questionamento ao próprio sistema pelos seus mecanismos de "mass media". 

Explico melhor: Assim como ocorreu com a chamada "Contra Cultura" dos "hypporongas cabeludos" nos Anos 60 que, com base nos postulados de anti-sociedade de consumo da Escola Sociológica de Frankfurt, viraram hyppes de butique dos shoppings da vida, o movimento esquerdista latino-americano também sofreu suas modificações que permitiram sua integração e absorção justamente ao sistema que acreditavam combater. 

Em 1954, durante a crise institucional gerada pelas velhas forças entreguistas/udenistas e americanófilas, Vargas estava caminhando para o único caminho político que poderia salvar o desenvolvimento brasileiro de uma forma soberana: a aliança de todos os brasileiros, de todos os setores sociais, inclusive os populares e até esquerdistas, num momento em que os EUA aumentavam suas pressões diplomáticas e políticas contra a independência do Brasil. 

Naquele contexto, setores militares (amestrados em cursos de doutrinação nos EUA) e setores médios urbanos - apaixonados pela falácia do modo de vida americano e receosos ante o avanço do comunismo - aliaram-se contra Vargas. 

Isto, sim, levou os movimentos populares para as mãos das lideranças comunistas, causando confusões de cunho ideológico que desagregariam a sociedade brasileira, fragilizando-a ante as investidas das forças golpistas, entreguistas e americanófilas, por um lado, e os vermelhos pró-soviéticos, por outro. 

Foi naquele momento que o Brasil perdeu suas possibilidades reais de se tornar uma grande e influente potência mundial. Foi com aquele tiro dado no coração de Vargas, que o projeto de um Brasil Grande morreu, simplesmente porque os EUA conseguiram o que queriam: nos dividir. 

A partir de então, foram golpes, contra golpes, ditadura, "nova-velha" república, globalização, entrega, doação-privatização e toda essa ignomínia que hoje assistimos sob a égide do canastrão - mor: FHC. 

A antiga esquerda, cada vez mais, deixou de se aproximar dos setores realmente nacionalistas. Distanciou-se dos anseios populares e, progressivamente, passou a relativizar seus próprios conceitos progressistas de luta contra o Império. Assumiu, mesmo que enviesada, lutas outras, identificadas com os setores médios urbanos, que não a luta pelo Brasil independente. 

Foi, embora não saiba ou não admita, desviada, castrada, controlada e morta pelas forças intercionalistas. Por isso, como garanhão castrado que perde a vontade de viver, começou a se embrenhar cabisbaixa por caminhos "inofensivos" que respaldariam interesses escusos do estabelecimento anglo-americano. 

Os antigos temidos "subversivos revolucionários" ficaram tão perigosos para o Tio San quanto "normalistas" virgens, aproximando-se da defesa das chamadas minorias e das questões relativas ao meio ambiente: a questão ecológica, a questão da mulher, os índios, os negros,etc, bem ao gosto dos interesses dos internacionalistas de plantão que, hoje, como canalhas, se beneficiam destas lutas que, por princípio, são realmente válidas e importantes, mas que apenas estão servindo para nos colocar de joelhos. 

Este processo esteve diretamente ligado a um plano norte-americano de esvaziamento dos movimentos populares latino-americanos e terceiro-mundistas através da difusão, no meio acadêmico, das ideologias de pensadores como Hebert Marcuse, Habermans, Walter Benjamin, McLuhan ou pseudo-orientalistas e ambientalistas malthusianos em geral, todos, de uma forma direta ou indireta, associados com os acontecimentos estudantis de maio de 1968. 

Assim, o movimento estudantil brasileiro, que havia lutado pela criação e viabilização da Petrobrás nos Anos 50, passava a lutar por ideologias importadas nos Anos 60 e 70 (fenômeno intensificado principalmente a partir da criação do PT nos Anos 80/90) na crença ingênua de que eram progressistas. 

É o período dos cabeludos, da difusão do sexo livre, do desrespeito pela autoridade do pátrio poder, do uso desenfreado de drogas, da desagregação da família e de tudo que hoje representa a destruição da sociedade brasileira. Fenômeno que atualmente, travestido de "modernidade inexorável", infelizmente atinge o seu auge nessa verdadeira "Sodoma" global que nos tornamos. 

Durante o governo João Goulart, as Forças Armadas até que tentaram pensar num Brasil independente. Mas foram muito ingênuos ou muito burros. Intervieram quando acreditavam que, no contexto da "Guerra Fria", a grande ameaça à Soberania brasileira era a atuação dos comunistas e a ação da União Soviética; e o grande aliado da democracia eram os EUA (Tristeza!!!). 

Essa ilusão vinha dos tempos da Segunda Guerra, quando unimos forças para enfrentar o que acreditávamos ser o mal maior: o nazi-fascismo. Tempo em que nossos militares patriotas eram treinados na ESG (Escola Superior de Guerra) com doutrinas importadas dos EUA. Não percebíamos claramente quem era o inimigo. 

Diante da aparente ameaça internacionalista vermelha, nossos patriotas acreditaram que o internacionalismo ianque não era um perigo. 

Na verdade, tínhamos patriotas tanto à esquerda quanto à direita, mas que não souberam identificar o verdadeiro inimigo. A ideologização do debate, numa perspectiva geopolítica de bipolaridade mundial, colocava brasileiros contra brasileiros, desagregando o País. Muitos dos que fizeram a Revolução de 1964, realmente acreditavam que estavam do lado certo, que os norte-americanos eram um referencial a ser seguido. 

Do outro lado, repito, muitos esquerdistas realmente acreditavam que poderiam salvar o País do Imperialismo Ianque, muito embora não tivessem capacidade intelectual para perceber que a URSS era uma ilusão, um moinho de ventos que jamais cogitou em nos ajudar.Muito pelo contrário. 

Foi uma questão muito parecida que explica o fato de que um movimento verdadeiramente nacionalista, democrático e anti-oligárquico como o "Tenentismo", nos Anos 20, acabaria por passar pelos atribulados Anos 30/40 com desvios e confusões ideológicas insolúveis. 

Uma indefinição tamanha que, afetada por ideologias também internacionalistas exógenas (É sempre assim...), como o nazi-fascismo e o stalinismo, acabou por desagregar-se, gerando ao longo dos anos líderes políticos com posições extremas e antagônicas que acabariam também por abortar qualquer perspectiva de um nacionalismo verdadeiramente "tupiniquim". 

É por isso que o "tenentismo" teve figuras políticas com posições tão díspares como um Plínio Salgado, um Jakson Fiqueiredo, um Luis Carlos Prestes, um Juarez Távora ou um Góis Monteiro.

Nos Anos 60, assim como nas décadas anteriores, nossa sociedade ficava dividida nessa dicotomia ideológica imbecil entre esquerda e direita, lutando entre nós mesmos, algo que infelizmente ainda ocorre, sem que tenhamos condições de enfrentar o verdadeiro perigo à nossa Soberania: os EUA. Estado totalitário e imperialista que, diferente da vencida Alemanha nazista, vem sendo competente em açambarcar vidas, liberdades, culturas, valores e povos inteiros pelo mundo afora. 

Este sim, um país totalitário, só que disfarçado, dissimulado, enviesado, camuflado de paradigma da liberdade, daí a confusão, daí também o perigo. 

A estratégia norte-americana de empurrar os intelectuais e ativistas de esquerda para o caminho das forças esquerdistas internacionalizantes não só ajudou a quebrar as resistências verdadeiras das forças nacionalistas da América-Latina, como veio ao encontro de uma outra estratégia muito mais arrojada e perigosa para nossa Soberania: a transformação do Hemisfério Ocidental num terreiro estratégico - militar e econômico para os EUA e suas multinacionais. 

Coisa de gênio! Conseguiram transformar os antigos comunistas "subversivos" em sujeitos ativos na causa imperialista, arautos da globalização, tudo em nome de boas causas humanitárias e "politicamente corretas". E sem - veja só que coisa! - que percebessem que estavam e estão sendo usados.

Isso tudo vem se agravando nas últimas décadas, intrínseca e paralelamente ao desmonte do Estado e da Soberania brasileira. Em decorrência da propaganda violenta que vem tentando esteriotipar os nossos militares, coagi-los, neutraliza-los, reprimi-los, ofendê-los, incriminá-los, denegri-los, neutralizá-los, para que não reajam, estamos num estado terminal de subserviência canina. 

O grande truque da Águia Ianque é fazer a sociedade acreditar que todos os nossos militares são a encarnação diabólica da Ditadura, das atrocidades, dos desmandos do Regime de 64 (e o pior é que os nossos patriotas das Três Armas estão passivos, aceitando isso tudo, COM GRATAS EXCESSÕES).

Entidades e organizações ditas "não-governamentais estão escancaradamente mandando em nosso País, estabelecendo todas as diretrizes micro e macro econômicas e políticas, em todas as esferas, num processo que eu terei que analisar numa outra oportunidade.

Na verdade, instituições como o famigerado WWF, o Greenpeace e coisas do gênero, estão obliterando o nosso desenvolvimento de uma forma inimaginável, coisa que nossos militares têm que encontrar um forma de reagir o quanto antes. 

Camuflados de demiurgos da modernidade, estão, como praga peçonhenta, envenenando nosso Brasil, a nossa juventude, a nossa família brasileira, com a complacência exatamente daqueles que se dizem nacionalistas e progressistas, como o atual ministro da Justiça Aluízio Nunes não sei de que. 



O Greenpeace, por exemplo, é o caso mais sintomático. A sua intenção de se instalar no Brasil vem do período de 1987-88, quando a organização decidiu acelerar a sua expansão internacional. Na ocasião, a máfia ecoterrorista já colaborava informalmente com entidades ambientalistas brasileiras que pressionavam o Governo para proibir a caça à baleia no País. 

Em outubro de 1989, aproveitando o lançamento no RJ do disco Rainbow Warriors, que reúne canções de cantores "pop" simpatizantes das causas ambientais, a então coordenadora do Greenpeace para a América Latina, a socióloga gualtemalteca Tani Marilena Adans, formalizou a intenção do grupo de abrir um escritório no País. Era o momento racionalmente propício para a ação. 

Antes disso, porém, estrategicamente, o grupo iniciou algumas atividades informais, colaborando diretamente com grupos ambientalistas envolvidos no debate sobre uma das questões mais importantes para nossa Soberania no atual contexto mundial: a questão nuclear. 

Em novembro de 1990, o Greenpeace entregou ao deputado estadual "verde", obviamente do PT, Carlos Minc (PT-RJ), e ao então prucurador-geral da República, Gustavo Tepedino, cópias do chamado "Relatório Netuno", um exaustivo e nada científico levantamento sobre acidentes envolvendo bielonaves nucleares. 

A intenção era obviamente de utilizar as informações tendenciosas do relatório em eventuais ações judiciais contra a presença de tais bielonaves em águas brasileiras. 

É a partir daí - é bom que se diga - que começou a transformação de alguns setores do Ministérios Público e de setores do Judiciário em verdadeiros instrumentos dessas organizações não-governamentais na manipulação de resultados de ações que se relacionem ao meio ambiente e ao desenvolvimento nacional, sempre em benefício de uma política que inviabilize o desenvolvimento do País (Isso, aliás, vem sendo objeto de investigação da CPI da ONGs no Senado).

Mas, o que está por trás desta e de outras entidades tão "politicamente corretas", tão voltadas para a felicidade e o bem estar da humanidade? 

Quais são suas fontes de financiamento, quem cria suas estratégias, a quem estão ligados e quais setores estratégicos que os direcionam e por quais razões? 

Este internacionalismo humanista "espontâneo" foi resultado de idealismo de "pôrra loucas" hypporongas dos Anos 60, preocupados com a Paz e o Amor, ou é o resultado natural de uma estratégia geopolítica da plutocracia financeira anglo-saxônica em nos destruir? 

Acredito piamente na segunda hipótese. E acredito também que figurinhas ditas "esquerdistas" como FHC, membros do PT, Aluízio não sei de quê e Cia, são títeres destas forças. Senão, vejamos alguns dados e fatos.

Como mostra um texto excelente de uma revista do Movimento de Solidariedade Ibero-americana e que praticamente transcrevo (copio mesmo) ao longo deste texto, o Greenpeace e a sua complexa rede de coisas do gênero, continua sendo um dos mais eficientes e perniciosos instrumentos desse verdadeiro aríete anticivilizatório que é o movimento ambientalista. 

Movimento que não é, de forma alguma, um simples fenômeno sociológico espontâneo decorrente da coscientização sobre um suposto "desequilíbrio" nas relações homem-Natureza, como tentam fazer crer . Na verdade, dura e crua, ele é o produto de um sofisticado e sórdido processo de "engenharia social" desenvolvido pelos principais centros do poder político-econômico global, especialmente a oligarquia sediada no eixo Londres-NY, o autodenominado "Clube das Ilhas". 

Encabeçado pela família real britânica, a casa de Windsor, o clubinho envolve entidades poderosas, onde destaca-se a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o Fundo Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o Fundo Mundial para a Natureza (anteriormente, Fundo Mundial para a Vida Selvagem - WWF), a Fundação Rockefeller, o Instituto Tavistock, o Instituto Aspen, o Clube de Roma e outras coisinhas do gênero. 

Todas, entidades com um longo currículo nada nobre de colaboração com o Pentágono e agências de inteligência norte-americanas e inglesas (como a CIA) ao longo da Guerra Fria, contra a estabilidade de nossas instituições. 

Foram estas mesmas instituições internacionais que financiaram grupos golpistas e desestabilizadoras no Brasil, como o IPES/IBAD, numa verdadeira lavagem celebral de nossas elites. 

Doutrinação esta que culminaria nas visões mais equivocadas de "nossa" doutrina de Segurança Nacional, que, como já disse, foi responsável pelos desvios ideológicos que confundiram nossos militares patriotas acerca dos verdadeiros inimigos do Brasil. 

Esse equívoco redundou em anos de ditadura militar, que apenas serviram para denegrir a imagem de nossos militares e abrir caminho para tudo isso que vem acontecendo hoje com nosso País na Era FHC. 

No caso específico da atual doutrinação "salva-bichinho", salva-plantinha", o objetivo último é a erradicação da idéia-força do republicanismo como diretriz de organização da sociedade humana e a destruição da sua materialização política: o Estado Nacional soberano, dedicado à promoção do interesse público, do progresso e do bem-estar geral da sociedade. 

A intenção é substituir o Estado nacioanl por uma estrutura de "governo mundial" - uma "Nova Ordem Mundial" fascista, baseada no liberalismo radical e no maulthusianismo (do qual o ambientalismo não passa de uma atualização ideológica para ingênuo boçal ver).

A instrumentalização política do ambientalismo tem um tríplice finalidade. A primeira e mais importante é a disseminação do irracionalismo e do pessimismo cultural entre a população em geral, fazendo com que esta aceite sem questionamento a subordinação das políticas de promoção do bem-estar e do desenvolvimento socioeconômico a requisitos de "proteção do meio ambiente", geralmente exacerbados e sem fundamento científico. 

A segunda é favorecer a aceitação da tese fascista do "governo mundial", para a qual os problemas ambientais, reais ou supostos, são perfeitamente adequados, devido à percepção popular de que "o meio ambiente não tem fronteiras" e, portanto, a sua solução dependeria de uma "legislação supranacional" mais facilmente aceitável (e que abra precedentes para outras áreas políticas).

A terceira é a manipulação direta de argumentos ambientais para obstaculizar projetos de desenvolvimento, particularmente, no setor de infra-estrutura, como é o caso atual dos projetos hidroviários brasileiros, virtualmente paralizados por uma solerte campanha de pressão baseadas em falsos argumentos ambientais e de "proteção" de comunidades indígenas. 

O ambientalismo não é um movimento de diletantes, mas uma articulação política de alcance global, voltado contra os Estados nacionais soberanos e a própria essência da Civilização. Assim, o seu desmascaramento e, principalmente, a sua neutralização constitui uma tarefa fundamental para a cidadania consciente de todos os países, cujas prosperidades e, até mesmo, as suas próprias existências, se vêm ameaçadas por esse pesadelo. 

Essa nova plumagem ambientalista do imperialismo é constituída por um conjunto de famílias aristocráticas da Europa e da América do Norte, que inclui as primeiras casas financeiras da City de Londres e Wall Street, as antigas sócias da famigerada Cia. das Índias Orientais - que tantas desgraças levou a países como a China e a Índia - e as velhas famílias escravocratas do Sul dos EUA. 

Estas belezas com um currículo humanitário de fazer inveja a Átila, o Huno, controlam diretamente o Banco da Inglaterra, o Sistema de Reserva Federal norte-americno, as grandes empresas bancárias, financeiras e seguradoras, os conglomerados alimentícios, as megamineradoras, os oligopólios energéticos, a grande mídia internacional e, de lambuja, as indústrias estratégicas da Europa e América do Norte. 

Controlam, ainda, as principais organizações do sistema das Nações Unidas, como o Fundo Monetário, o Banco Mundial, a Organização Mundial do Comércio, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e, óbvio, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Além de outras coisinhas mais, que não há tempo de ficar escrevendo.

Todas as empresas do esquema atuam em estreita cooperação com os serviços de inteligência da Inglaterra, dos EUA e de Israel, principalmente o primeiro.

Em sua cúpula, esse conglomerado oligárquico se autodenomina o "Clube das Ílhas", em homenagem ao príncipe de Gales, depois rei inglês Eduardo VII (1901-10), chamado "Príncipe das Ílhas", em cuja gestão se consolidou a articulação entre os dois principais centros da oligarquia, Londres e Nova York. 

A Casa de Windsor, a casa real britânica, atua como uma espécie de primus inter pares da cúpula. O "Clube das Ílhas" criou e dirige a gigantesca máquina de propaganda e ação política representada pelo aparato das ONGs ambientalistas. As primeiras delas foram a União Internacional para a Conservação da Natureza, fundada em 1848, e o Fundo Mundial para a Natureza, criado em 1961. 

O financiamento para este aparato, cuja organização se intensificou nas décadas de 60 e 70, provém de uma vasta infra-estrutura constituída por mais de 1.000 fundações familiares da América do Norte e da Europa, além de doações de empresas privadas e agências governamentais dos EUA, Canadá e outros países. 

Entre elas, destaca-se o ultra-seleto "Fundo 1001" para a Natureza (1001 Nature Trust), fundado em 1971 pelo príncipe Bernardo da Holanda, para financiar as atividades do WWF. 

O "Clube 1001", como é mais conhecido, reúne 1001 membros especialmente convidados, recrutados entre a nata da oligarquia internacional, cada um dos quais paga uma taxa de admissão de 10.000 dólares. O prédio onde fica atualmente as sedes do WWF e da UICN, em Gland, Suíça, foi doado pelo "Clube 1001". Em 1995, esse aparato movimentou recursos em torno de 15 bilhões de dólares. 

A grande maioria dos militantes do ambientalismo foi recrutada entre as fileiras da "Nova Esquerda" e do movimento da contracultura das décadas de 60-70, igualmente promovidos e financiados pela oligarquia. Na época do programa "Aliança para o Progresso" do presidente americano Kennedy, quando o exemplo cubado ameaçava influenciar novos movimentos nacionalistas na América Latina, foram justamente estes setores do "Clube das Ílhas" que ajudou o governo americano. 

Foram eles que financiaram, por exemplo, a fundação e toda a logística da famosa CEPAL, grupo de estudos formado por lideranças e intelectuais esquerdistas latino-americanos com o objetivo de encontrar fórmulas para o desenvolvimento da região. 

A Fundação Rockefeller foi a principal fonte de alocação de recursos. Foi justamente nesta época que o senhor FHC "escreveu" seus livretos sociológicos, financiado justamente pela Fundação Rockfeller. Foi naquela época, portanto, que o plano de condicionamento das esquerdas latino-americanas começou, foi naquele contexto que Fernando Henrique e Cia. foram amestrados pela plutocracia mundial. Por isso, nada do que vem fazendo este senhor me surpreende. Hoje, sabemos que muitos outros foram também cooptados, até chegarmos a situação em que chegamos. 

E o caminho de Lula e do PT, pelas últimas declarações e pelas relações siamesas que têm com as ONGs, não será diferente. Ele está também amestrado. Por isso, não me surpreenderá nada se ganhar a eleição deste ano. Não é por outra razão que a CUT, historicamente associada ao PT, finalmente acordou e não participará do teatro montado pelas ONGs no segundo encontro do Fórum Mundial de Porto Alegre. 

O controle de todo esse aparato é exercido diretamente pelo "Clube das Ílhas", por intermédio da Casa de Windsor e suas redes. Em um segundo nível, estão as organizações oficiais internacionais (PNUMA, PNUD, etc.), as fundações e corporações financiadoras do movimento. 

A seguir, como um anteparo entre tais círculos aristocráticos e as ONGs que formam as "tropas de choque" do movimento, encontra-se uma ampla rede de "organizações respeitáveis", dirigidas por "cidadãos acima de qualquer suspeita" (World Resources Institute, Worldwatch Institute, Environmental Defence Fund, Conservation International, etc.). 

Nos degraus inferiores, começam a aparecer os "aríetes" do movimento, como o Greepeace, Amigos da Terra e outras, cujo grau de radicalismo vai crescendo até se chegar às organizações prototerroristas e abertamente terroristas. 

Mas qual a base ideológica que subjaze a todo este movimento de poderosos nobres e plutocratas "politicamente corretos"? Além da visão malthusiana travestida de ambientalista, existe alguma filosofia política por trás disso tudo? A resposta é sim! Chama-se permeation, uma estratégia política de dominação, uma atividade de propaganda totalmente peculiar, formada pelo chamado "fabianismo", movimento político-ideológico surgido justamente na Inglaterra em 1883. 

Formou-se por obra de intelectuais como Sidney Webb, George Bernard Shaw, Annie Besant, Edward Peace, entre outros, que fundaram uma associação privada com a finalidade de "contribuir para a reconstrução da sociedade de acordo com as mais altas possibilidades morais". 

A associação se inspirou na estratégia contemporizadora usada nas guerras pelo cônsul romano Fábio Máximo, daí o nome fabianismo ou Fabian Society. 

O movimento fabiano derivou de duas correntes de pensamento: de um lado, a tradição liberal inglesa, transmitida pelos escritos de John Stuart Mill e pelo radicalismo londrino da década de 1880, tributário em grande parte da doutrina positivista francesa; de outro lado, o internacionalismo socialista e as lutas das trade-unions (sindicatos) e do movimento cartista da Inglaterra no século passado. Muitos estudiosos sustentam, portanto, que o fabianismo é um liberalismo inglês não atingido pelo marxismo. 

A "unicidade" do movimento estava na especialíssima compenetração entre o socialismo não-marxista com a tradição liberal inglesa. Utilizavam uma forma toda peculiar de ação que procurava, ao máximo possível, evitar contatos com as massas populares, embora advogassem avanços sociais para os mesmos (contando que fossem ingleses).

Utilizavam-se do que chamavam de permeation como estratégia política, que consistia na tentativa de influenciar as pessoas que ocupassem postos - chaves de poder na sociedade, em todos os níveis e todos os campos: exatamente políticos, professores, diplomatas, empresários e lideranças sindicais, que deveriam ser "permeados" de tal modo que pudessem se engajar em sua causas internacionalistas e sociais. 

Esses profissionais, assim, poderiam prestar um serviço mais válido à comunidade voltado para a melhoria das condições sociais dos trabalhadores ingleses, mas sempre tendo em vista os interesses da Grã-Bretanha. Nesta atitude elitista, golpista, de ação política baseada na intriga, nos bastidores, não tinham interesses em ocupar cargos públicos, mas apenas de controlar ou manipular os agentes dos cargos públicos. 

Hoje, o "Clube das Ílhas", tranferiu isso para o nível planetário e o Brasil e a América Latina vêm sendo o seu grande laboratório. Os setores esteriotipados do PT como "xiitas" sabem disso, por essa razão estão a cada dia mais distantes dos líderes moderados (entenda-se: amestrados) do partido, como aconteceu com o conflito os espartaquistas de Rosa Luxemburgo e os sociais-democratas de Karl Benstaein da República de Weimar na Alemanha. 

Parece, no caso brasileiro atual, que as coisas não são apenas coincidentes. Na verdade, estou sem tempo agora para continuar a linha de raciocínio. Mas creio que já deu para perceber como a coisa é complexa. Como a rede de intrigas é incomensurável. Hoje, pessoas como FHC e Aluísy não sei de quê, que estão no comando de nosso amado País, não governam nada. 

São marionetes destes neo-fabianos malthusianos que nos inflingem políticas destrutivas que vêm destruindo nossas classes médias, fato que explica o constante estado de tensão social por que passamos.

SAID BARBOSA DIB

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