"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Reforma Tributária já



Em 2010, o Brasil bateu um recorde que não era alcançado há nove anos: o varejo atingiu 10,9% de expansão, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)


Vários fatores ajudaram este aumento no consumo do brasileiro, mas podemos destacar dois básicos – melhoria da economia e redução pontual de alguns impostos.


A economia nacional, mesmo depois de ter enfrentado a crise econômica financeira, acabou se saindo bem. Em 2010, foi um dos poucos países que puderam registrar uma alta no PIB tão relevante: 7%, segundo as estimativas do Banco Central. Ou seja, com a economia em crescimento, o poder aquisitivo da população aumentou, fazendo com que ela comprasse mais, fazendo girar a roda da economia. Ou seja, entramos em um círculo virtuoso.


É claro que com a melhoria, a divisão de renda aumentou – embora ainda seja perturbador o abismo social brasileiro. 


Dois mil e dez apresentou, especificamente, um grande crescimento no poder aquisitivo da Classe C – um novo grupo no mercado consumidor de bens de consumo.


Para este ano, a expectativa também é muito positiva. Não é esperado que cresçamos tanto quanto em 2010, mas em torno de 4,5%, pelo menos com relação ao PIB.


Mas outro fator que impulsionou o aumento das vendas foi a redução de tributos em alguns setores, como móveis e eletrodomésticos. Para se ter uma ideia do benefício destas desonerações, de acordo com o IBGE, estas duas áreas cresceram, em média, 18,3%.


Isso é um bom exemplo de onde podemos chegar se realizarmos uma ampla e justa Reforma Tributária. Se pensarmos que apenas a desoneração de alguns setores ajudou no crescimento das vendas no varejo, imagine aonde chegaríamos com uma tributação menos penosa em vários outros segmentos de mercado.


A Reforma Tributária não afetará apenas o setor varejista, mas sim todos, o que fará com que os preços caiam e as pessoas fiquem mais propensas a comprar. 


Se o fornecedor oferecer a matéria-prima por um preço mais barato, a empresa poderá entregar o produto com um preço mais baixo para loja, e esta, sequencialmente, poderá vender mais barato para o consumidor. 


Ou seja, toda a cadeia produtiva terá benefícios com uma reforma nesse âmbito.


Isso não quer dizer que as empresas terão menos lucro. Pelo contrário. Com a redução da carga tributária, elas terão mais mecanismos para negociar com os fornecedores. Reforma Tributária é a solução para a sustentabilidade da economia brasileira a longo prazo, conforme ficou provado nos resultados de 2010.


Já alcançamos o crescimento econômico. Se conseguirmos a Reforma Tributária, pode ter certeza que seremos uma das grandes potencias mundiais antes do que se imaginava.

* Vagner Jaime Rodrigues é sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios.

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