"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

domingo, 2 de junho de 2013

Direita e Esquerda na Terra de Macunaíma

posse de Dilma 


1 DE JULHO DE 2011

Assim como democracia é o pior sistema de governo, exceto todos os outros, a distinção entre esquerda e direita é o pior modo de identificar alinhamentos políticos, exceto todos os outros.


Em nenhum lugar do mundo a ideologia desapareceu, levando consigo a oposição entre esquerda e direita. Difícil pode ser distingui-las, e não é de hoje. Tomem-se os casos seguintes, extraídos da história do Brasil:


José Bonifácio, o Patriarca da Independência, ao defender o sistema monárquico e a construção do Estado em torno da figura do Imperador, opôs-se à corrente que, mais afinada com os ideais da Revolução Francesa, propugnava pela instalação do regime republicano. Ficou com fama de conservador.

No entanto, constituiu-se na solitária voz que apresentou à Assembleia Constituinte de 1823 um projeto que encarava de frente a questão da escravidão. “Generosos cidadãos, que amais a vossa pátria, sabei que sem a abolição total do infame tráfico da escravatura africana, e sem a emancipação sucessiva dos atuais cativos, nunca o Brasil firmará a sua independência nacional e segurará e defenderá a sua liberal Constituição”, afirmou, no mais lúcido (e fracassado) apelo oferecido aos construtores da nova nação.

Erguendo-se contra o silêncio cúmplice da maioria quase absoluta, ele delineava um programa que começaria com a extinção do tráfico e culminaria com a emancipação total. O Patriarca era de esquerda ou de direita?

Joaquim Nabuco era monarquista e mais monarquista se tornou na indignação que lhe causou a proclamação da República. “Monarquista continuarei a ser, firme como uma rocha”, afirmou. Tradução, segundo o manual: eis alguém que se aferra ao passado e procura deter o trem da história.

No entanto, ele foi também o líder da campanha abolicionista. Já o documento de fundação do Partido Republicano, firmado na famosa Convenção de Itu, em 1873, driblava a questão da escravidão, alegando que por ser uma “questão social”, e não “política”, não cabia figurar entre as bandeiras do partido.

A falácia de que pode haver uma “questão social” sem ser política só escandaliza menos do que o fato que procurava esconder: o de que o partido que se propunha defender a causa republicana nascia no Brasil da iniciativa de fazendeiros, na grande maioria paulistas, donos de grandes plantéis de escravos. Quem é direita, quem é esquerda, Nabuco ou os republicanos?

Getúlio Vargas saiu da vida e entrou para a história como ícone da esquerda. Com a obra-prima política que foi o suicídio, encurralou a direita representada pela UDN e por Carlos Lacerda e congelou para a posteridade as figuras de campeão do nacionalismo e pai dos pobres.

Sobretudo, o martírio e a propaganda subsequente conseguiram o feito de revogar o outro Getúlio, o ditador do período 1930–1945, com destaque para o Estado Novo (expressão copiada do Portugal salazarista) de 1937–1945. Getúlio Vargas, visto como um todo, é de direita ou de esquerda?



Kassab e o PSD

Sorte, para Nabuco, o Andrada e, mesmo, Getúlio Vargas, que a ninguém ocorria perguntar se eram de direita ou de esquerda. O mesmo não acontece com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Ao decidir sair do DEM e fundar o Partido Social Democrático (PSD), não escapou da cobrança. Deu duas respostas, ambas antológicas. Numa, disse que o futuro partido será “levemente de esquerda”. Na outra, que não será “nem de direita, nem de esquerda, nem de centro”. O PSD, com isso, entrou no folclore antes de entrar para a história.

A saída de Kassab pela tangente é sintomática do estado de coisas na dicotomia esquerda-direita no Brasil. Primeiro, confirma a maldição que entre nós ronda o vocábulo “direita”. Em outros países, a começar pela França, onde surgiu a distinção entre um lado e o outro, nem os políticos nem os eleitores têm vergonha de se declarar de direita. Segundo, revela a mascarada macunaímica em que se processa a política brasileira.

Em parte pelo efeito da marquetagem, cuja regra nº 1 é fazer o candidato não se definir sobre coisa alguma, em parte por um adesismo compulsivo que, se não é de hoje, ultimamente ganhou impulso, a cena política virou um carnaval de Veneza em que, por trás dos disfarces, os diferentes dançarinos instigam uns aos outros com o clássico jogo de adivinha de noitadas semelhantes – quem sou eu?, quem é você?, quer me namorar?

O mais habitual refúgio, para quem não quer se definir entre esquerda e direita, é alegar que os dois conceitos estão superados. A queda do Muro de Berlim ofereceu excelente embasamento factual a tal alegação. Se não existia a esquerda, não poderia mais existir a direita, uma vez que uma só tem existência concreta em função da outra. O raciocínio supõe que esquerda não apenas é igual a comunismo, mas, principalmente, a socialismo real. Se é verdade que, sem considerar os excêntricos casos de Cuba e da Coreia do Norte, o socialismo real desapareceu, nada garante que o comunismo, como ideal e ideologia, tenha seguido a mesma sorte. Mas não é só isso o que atesta a sobrevivência da dicotomia direita-esquerda.

Antes, e principalmente, é sua validade, para efeito de identificação de doutrinas políticas, de programas partidários e de visões do mundo, no interior do universo capitalista.

O que, se não morreu, pelo menos perdeu a sua força foi a divisão das águas se fazer pela aceitação ou rejeição do capitalismo. De acordo com uma velha anedota argentina, Perón dizia, ao explicar a um interlocutor o espectro político em seu país: “Há uma extrema direita, de cunho fascista, e em seguida uma direita moderada, defensora dos valores conservadores e do livre-mercado; também há um centro, por supuesto, que reúne em parte as convicções de um lado e em parte as do outro; há uma esquerda moderada, adepta do estado do bem-estar social; e por fim uma extrema esquerda, instransigente e disposta a pegar em armas”. O interlocutor o interpelava: “Mas e os peronistas, o senhor esqueceu deles?” – “No, no”, respondia o caudilho: “Peronistas son todos. To-dos!”



Capitalistas são todos

Capitalistas, hoje em dia, son todos. Ou melhor: Hugo Chávez e os bolivarianos afirmam não ser, mas este é um caso especial, e não significa que, ao contrário dos revolucionários de pura cepa, eles prescindam dos bons serviços do capitalismo, quando lhes interessa. Capitalistas são todos, e nem por isso, nos países de processos políticos maduros (não por acaso, os países desenvolvidos), o jogo deixa de ser feito entre direita e esquerda.

É assim na Alemanha, onde os democratas–cristãos são a direita e os sociais-democratas a esquerda, e não deixam de sê-lo nem quando forçados a partilhar o mesmo governo, como ocorre atualmente. É assim na França e não deixa de sê-lo mesmo quando o eleitorado de protesto, antes cativo da esquerda, migra para as hostes da extrema direita representada pelo Front National, como vem ocorrendo nestes dias.

É assim na Espanha, na Inglaterra, nos países escandinavos – e, principalmente, é assim nos Estados Unidos, onde no passado nos diziam não haver diferenças entre republicanos e democratas, ambos farinhas do mesmo saco, ou fachadas do mesmo ogro imperialista. Uma série de temas – intervencionismo estatal/livre mercado; gasto social/gasto militar; proibição/permissão do aborto; intolerância/tolerância com a imigração – desenha o corte entre republicanos (direita) e democratas (esquerda).

Ao fim e ao cabo, se não existe mais a questão de aceitar ou rejeitar o capitalismo, subsistem as questões de regulá-lo mais ou menos, de por conseguinte permitir mais ou menos intervenção estatal, e este é um dos divisores de águas entre direita e esquerda hoje em dia. Outro, que toca em cordas mais profundas, foi formulado exemplarmente por Norberto Bobbio. Para o fino pensador italiano, o que separa um lado do outro é a questão do igualitarismo. Igualitários se situam à esquerda; anti-igualitários, à direita. A igualdade em questão não é apenas a do ponto de partida, isto é, a de que todos devem ter as mesmas oportunidades.

Este ponto de vista é aceitável também pela direita, desde que se reconheça que, em seguida, cada um seja recompensado segundo seus méritos. Típica da esquerda é a igualdade do ponto de chegada, isto é, a igualdade na repartição dos bens.

Para continuar resumindo, ainda que toscamente, a explanação do mestre italiano (apoio–me no livro Teoria Geral da Política, Editora Campus, 2000, pp. 297 e segs.), é preciso ainda distinguir entre desigualdades naturais e desigualdades sociais. Se as desigualdades entre os homens são naturais, não são corrigíveis; este é o ponto de vista da direita. Se são sociais, são corrigíves; este, com base no santo padroeiro Jean-Jacques Rousseau, é o ponto de vista da esquerda.

Percebe-se que estamos navegando em águas profundas, em que, mais do que posicionamentos políticos, sobressaem visões do mundo e, mais do que visões do mundo, impõem-se crenças. Daí resultam não apenas tribos políticas, mas até biótipos humanos, em que à razão misturam-se as emoções. Mas se nem assim fica clara a existência, ainda hoje, e desde sempre, de uma esquerda e de uma direita, há outro pensador em que nos escorar.

Millôr Fernandes ensina: “A diferença fundamental entre direita e esquerda é que a direita acredita cegamente em tudo que lhe ensinaram e a esquerda acredita cegamente em tudo que ensina”.



Por que a direita se esconde?

De volta ao rude chão da política brasileira, a direita se esconde tanto quanto a esquerda se alardeia, mas, no que conta em última análise, que é o exercício do poder, a direita continua a exibir seu fôlego de gato, enquanto a esquerda não mostra a mesma forma. Comecemos pela primeira questão: Por que a direita se esconde? Ou, dito de outra forma: Por que não se assume como tal? Uma razão pode ser o medo de confundir-se com a ditadura militar. Ainda é quente a lembrança das prisões, da censura e da tortura.

Ainda estão em atividade, além disso, muitos dos quadros que apoiaram o regime, hoje entregues à ingente tarefa de refazer suas biografias. Outra razão é a hegemonia cultural exercida pelas esquerdas. A ética e a estética esquerdistas impuseram-se, ao longo do século XX, e continuam a impor-se, na literatura, no cinema, no teatro, nas artes plásticas. “A esquerda perdeu em tudo, menos na cultura”, disse Vargas Llosa.

No Brasil, da estética a questão escorregou para a etiqueta. Não é de bom-tom declarar-se, e muito menos ser declarado, de direita. “Direitista” é xingamento; já “esquerdista” é, em regra, elogio. As manipulações dos termos “fascista” e “stalinista” atestam a supremacia da esquerda no uso, em seu favor, da história do século XX. “Fascista”, no Brasil e na América Latina em geral, é usado com grande largueza, para caracterizar inimigos da esquerda como um todo.

“Stalinista” é usado pela própria esquerda para safar-se de contaminação com sua versão mais doentia. O fascismo, que é a degenerescência da direita, é tomado como se valesse para toda a direita. Confunde-se a parte com o todo. Já o “stalinismo”, que é a degenerescência da esquerda, é usado como degenerescência mesmo. Procura-se distinguir a parte do todo.

Gilberto Kassab tem origem no malufismo e era filiado ao DEM, antigo PFL, antigo PDS, antiga Arena. Tem uma evidente origem no que há de mais característico na direita brasileira. Mas se o termo “direita” carrega um tal carma negativo, como assumi-lo? Quem não se sente à vontade indo para um lado, nem para outro, nem para ficar onde está, o que faz? Só lhe resta levitar.

É o que fez, numa de suas respostas, ao descrever seu futuro partido como nem de direita, nem de esquerda, nem de centro. Em contraste, “esquerda” é um termo de tal prestígio que Kassab, mesmo com o DNA direitista que o caracteriza, e mesmo acompanhado, em sua nova aventura partidária, do vice-governador Guilherme Afif, com origens na Associação Comercial, e da senadora Kátia Abreu, líder do setor ruralista, ainda assim chegou a reivindicar, na outra resposta, um cantinho para seu futuro partido na esquerda. Até Paulo Maluf, numa memorável ocasião, chegou a declarar-se de esquerda.

O prestígio da esquerda vem de sua perdurável identificação com a compaixão e a justiça, ainda que tenha se imposto, na Revolução Francesa, pela guilhotina e, nas revoluções comunistas, pelos massacres e campos de concentração e reeducação. Uma última razão pela qual a direita não se assume como tal é que não precisa. Não lhe é necessário o discurso para impor-se. As políticas de direita constituem-se numa espécie de modo “default”, a opção inercial, na pilotagem da administração. Prova-o o PT, ao adotar, no poder, a política econômica ortodoxa que, quando na oposição, combatia.

Outro partido brasileiro, o PCdoB, tem ainda a coragem de ostentar a palavra “comunista” no nome, mas na vida real passou anos contentando-se com a administração das carteirinhas de estudante, em seu feudo da UNE, até ser promovido à associação com a cartolagem do futebol, desde que ganhou o Ministério dos Esportes. Ultimamente forneceu, na pessoa do deputado Aldo Rebelo, o relator de que os proprietários rurais necessitavam, para amansar o rigor ambientalista do projeto de Código Florestal. De tais evidências extrai-se uma lei: a direita não exibe sua fé, mas a pratica; a esquerda a exibe, mas não a pratica.



Graduações da direita e da esquerda

Há graduações da direita, assim como da esquerda. Deixemos de lado os extremos, ainda que a extrema direita, no mundo desenvolvido, tenha conhecido uma reencarnação na xenofobia contra os imigrantes, e, à esquerda, saudosistas do socialismo real ainda se mantenham em ilhas de admiradores do regime cubano.

De um lado, sobram pelo menos duas correntes: a direita nacionalista e estatizante que, no plano internacional, teve como paradigma o gaullismo na França e, em sua versão caseira, a linha dominante no governo Geisel, e a direita internacionalista e livre-mercadista do modelo Thatcher. Do outro lado, subsistem uma esquerda ainda preservada em sua pureza ideológica, mas que promete não replicar as tiranias do passado, e uma esquerda pragmática.

As duas modalidades de esquerda são representadas, no quadro partidário brasileiro, respectivamente pelo PSOL e pelo PT. As modalidades de direita não têm representação. Se têm adeptos, estes se dissolvem no mar de partidos cuja especialidade, tão macunaimicamente brasileira, é ostentar a doutrina de não ter doutrina. A modalidade livre-mercadista da direita não ousaria jamais assumir o nome neo-liberal. Também manipulado pela esquerda, o rótulo virou palavrão.


Centro, “centrão”

Se há uma direita e uma esquerda, haverá também um centro. Mas também quando se trata de centro é preciso especificar de que centro se fala. A palavra tem duas acepções, digamos, nobres, e uma terceira galhofeira. A primeira das acepções nobres combina elementos doutrinários de direita e de esquerda. O PSDB nasceu no nicho da esquerda que cabia a seu nome de social democrata, mas no poder, no governo Fernando Henrique Cardoso, combinou o ideário original com as privatizações e a eleição do “mercado” como pilar do desenvolvimento. A segunda acepção é de centro de equilíbrio. Pode-se dizer que todo governo ocupa um centro, com vistas ao qual se erguem uma oposição de esquerda e uma de direita.

Dentro dos próprios partidos, a ala (ou tendência, como se chama no PT) dominante ocupa um centro que convive com objeções à direita e à esquerda.

A acepção galhofeira, nem por isso menos relevante, aliás muito mais relevante, na política brasileira, é aquela deliciosamente chamada de “centrão”. O sufixo -ão possui um poder valorativo, na língua corrente do Brasil, que pede um rigoroso estudo filológico. Às vezes ressalta o gigantismo, real ou imaginário, de determinado empreendimento, com o propósito não expresso de incitar à admiração.

É assim que os estádios de futebol passaram a chamar-se Mineirão, Batistão, Machadão, e mesmo os que ainda nem ganharam existência concreta, como o eventual e futuro estádio do Corinthians, no bairro paulistano de Itaquera, já é chamado de Itaquerão. O segundo sentido é pejorativo. Diz-se que alguém é “valentão” quando é menos valente do que alardeia. Ultimamente, o marido virou “maridão” quando é consorte de uma mulher, que ela, sim, muito mais que ele, destaca-se pela beleza, pelo charme ou pelas realizações profissionais.

O “centrão” da política, assim batizado no Congresso ao tempo do governo Sarney, e definido, pelo finado deputado Roberto Cardoso Alves, como reunião de adeptos da oração de São Francisco (“é dando que se recebe”), combina as duas acepções. É centrão porque é grande, quase sempre (ou sempre) reunindo a maioria do Congresso, e é centrão também porque, para usar outra palavra em ão, é, em termos doutrinários, uma avacalhação.

“O Brasil não tem conservadores, tem atraso”, costuma dizer o ex-presidente, aliás o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, citando Sérgio Buarque de Holanda. O atraso tem no centrão sua sede aglutinadora. Na grande maioria dos integrantes identifica-se o DNA da direita, no sentido de que igualitarismo não é com eles. Mas aceita-se de tudo. O centrão não exige carteirinha de filiação doutrinária. Está aberto a todos os que põem os interesses individuais ou de grupo acima do interesse público.

Tem-se dito que a polarização PT-PSDB na disputa da presidência da República e de certos estados-chave é uma disputa em torno de quem vai liderar o atraso. Quem sai ganhando com isso é o atraso, robustecido a cada eleição nas qualidades de fiel da balança e sócio preferencial na distribuição das prebendas do Estado, e até mesmo valorizado como player da cena política, quando é descrito como instrumento inescapável da “governabilidade”.

Com o que impõe-se voltar ao ponto de partida. Os polos esquerda-direita são a pior forma de identificar tendências políticas, exceto todas as outras. Difícil é distingui-los, como demonstram os exemplos seguintes, extraídos da atualidade brasileira:

Na última campanha presidencial, era notório, para quem estivesse minimamente familiarizado com o pensamento do candidato José Serra, que se ganhasse ele mexeria na política de juros e de câmbio, enquanto a candidata Dilma Roussef, como representante da continuidade, manteria a política econômica ortodoxa em vigor. A primeira posição se encontra doutrinariamente mais à esquerda, a segunda mais à direita. No entanto, Serra foi tido como o candidato da direita, e Dilma a da esquerda.

O PT, o mais bem-sucedido partido de esquerda da história do Brasil, deve sua força a alguém que não se diz de esquerda. 

“Se você conhece uma pessoa muito idosa que seja de esquerda é porque ela está com problemas. E se você conhece uma pessoa muito nova que é de direita, é porque ela também está com problemas. Então, quando a gente tem 60 anos, é a idade do ponto de equilíbrio, em que a gente não é nem um nem outro: a gente se transforma no meio do caminho” 

(presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 12 de dezembro de 2006, aos 61 anos, um mês e quinze dias de idade).

1 DE JULHO DE 2011     ROBERTO POMPEU DE TOLEDO é jornalista, colunista da revista Veja. É membro do Conselho Editorial da revista Interesse Nacional.

Um comentário:

  1. É muita bobagem neste blog. Num momento em que a humanidade toda tenta melhorar, ainda tem criaturas com idéias "imperiais" Ora, vão pro raio que os parta! Quem gosta de lamber botas que compre uma e o faça sózinho!

    ResponderExcluir