"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

domingo, 26 de dezembro de 2010

Progressistas ou arcaicos?



Posições arcaicas de certos políticos brasileiros. Como a divisão “esquerda” e “direita” anda meio desmoralizada, resolveram criar a separação: “progressistas" e "conservadores" “. 


Coisa, aliás, não muito nova no Brasil. Lá pelos idos de 1861, no Império, apareceu a "Liga Progressista” para abrigar conservadores moderados. Mas, aqueles eram progressistas mesmo, como assinalava Nabuco de Araújo. E os de hoje? Por incrível que pareça, nossos atuais progressistas defendem as idéias mais ultrapassadas da atualidade. Senão vejamos: quem ferozmente apóia a estatização e a maior interferência do Estado? Os “progressistas” brasileiros. Quem procura ampliar e estatizar cada vez mais os benefícios sociais, à custa dos contribuintes, transformando o Brasil em um welfare state? Os “progressistas”. 


E isto quando todos países modernos procuram servir-se de instituições como fundos de pensões privados, grupos de assistência médica privados etc., para ajudar seus cidadãos, neste particular.

Na questão da reforma agrária, não é só dividir terras. É preciso que se dê assistência aos que nela vão trabalhar. Reforma agrária é apenas parte de uma política agrícola que, leve em conta não só o problema da terra, mas o crédito, as sementes, os insumos e o ferramental adequado aos agricultores. Distribuir terras sem pensar nisto é transformar o Brasil numa imensa fazenda coletiva, sem direção. No entanto os “progressistas” apóiam entusiasticamente o “MST” que só pensa em ocupar e destruir fazendas. Como fez o Senhor Lula da Silva que vestiu o boné do MST.

Perguntamos aos senhores “progressistas”: onde está a modernização do Judiciário? Como pode haver democracia sem justiça barata, rápida e eficiente ao alcance de todos? O cidadão comum não está interessado no número de tribunais, nos Conselhos disto e daquilo. O que o cidadão comum quer é entrar na sala do Juiz, reclamar contra a injustiça sofrida e, ver seu caso resolvido. Mas, disto os senhores “progressistas" nem pensam. A Justiça brasileira continua fora do alcance dos menos favorecidos.

Onde está o voto distrital que permite vincular o deputado ao seu eleitor? Será que a Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e a maioria das nações adiantadas que adotam este sistema estão erradas? Como pode haver correta vinculação eleitor representante sem voto distrital?

Idéias progressistas são necessárias para que verdadeiras reformas sejam implantadas. Mas, no Brasil, os chamados “progressistas” estão confundindo progresso com estatização, progresso com corporativismo sindical, em vez de liberdade sindical e, progresso com xenofobia. Haja paciência com tanta estultice...

O mundo está passando por momentos difíceis, com países com economia em frangalhos. Mas esta situação que, se deve mais a procedimentos errados de governos e cobiça de alguns empresários, não justifica tendências estatizantes, como alguns “progressistas” estão defendendo. O progresso só se alcança com trabalho e honestidade, fazendo as mudanças necessárias. Como bem disse Alfred Whitehead, filosofo inglês: “A arte do progresso é preservar a ordem mantendo a mudança e, preservar a mudança mantendo a ordem”


por: José Celso de Macedo Soares

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