"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

domingo, 19 de junho de 2011

O preocupante desgaste do Legislativo



É verdadeiramente preocupante, o constatável desgaste nos Legislativos quer federal, como estaduais e municipais. 


Os partidos políticos, também em baixa, registram possíveis puxadores de votos, figuras públicas nos esportes ou artistas, para ser candidatos, a fim de obterem cociente eleitoral, sem a menor preocupação pela linha ideológica do partido. 


Assim, aparecem capitalista em partidos ditos socialistas, líderes religiosos em partidos que nada tem que ver com a proteção de religiões etc. 


A qualificação intelectual, honestidade e outros fatores, contribuem para a derrocada do Legislativo. 


Uma vez eleitos, além da mediocridade intelectual, falta de ética e lisura, desmoralizam o Poder com a vadiagem, desperdício de dinheiro com viagens turísticas desnecessárias, cambalachos, corporativismo etc. 


O sistema Presidencial de governo ajuda o Executivo na desmoralização, legislando com medidas provisórias que entulham a pauta das câmaras. O mais paradoxal é que o
Senado e a Câmara dos Deputados nada fazem para mudar, preferindo ser comandadas pelo Executivo em troca de verbas para os estados, através de emendas no orçamento. 


Poderiam governar, através de Primeiro-Ministro saído do legislativo, a melhor forma até hoje de democracia e eficiência administrativa, o Parlamentarismo, fruto do
pragmatismo inglês no início do século XIX, quando tiraram o poder absoluto de seus reis, fazendo assim para o povo governar, por intermédio de sua representação popular.


Preferem, aqui, ser verdadeiros súditos medievais do Presidente da República, para aproveitarem as migalhas orçamentárias para seus estados, correndo de ministério a
ministério, de chapéu na mão, tomando chá de banco, quando deveriam estar trabalhando na restrita agenda semanal de 3 dias. 


Na esfera estadual e municipal, guardadas as proporções e situações, é semelhante. 


Se um Poder não quer governar, é natural que os outros dois Poderes, até por necessidade, chamem à si a tarefa, e depois não adiante reclamar. 


O Parlamentarismo no Brasil virá somente com a Monarquia.... 

Aldo Campagnola - Presidente do IBEM-RS

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