"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

sábado, 29 de dezembro de 2012

A Monarquia é a Solução para o Brasil II



Dom Rafael, quarto na linha de sucessão, filho de Dom Antônio e de Dona Cristine. Nascido em Petrópolis, hoje com 26 anos, é engenheiro de produção da AmBev, em meio a ocupação e compromissos respondeu gentilmente às perguntas da Herdeiros do Porvir.

Qual o nome completo de Vossa Alteza, e o significado de cada um?

Rafael Antônio Maia José Francisco Miguel Gabriel Gonzaga de Orleans e Bragança. “Rafael Antônio” é meu nome próprio, sendo “Antônio”  uma promessa que meu pai fez a Santo Antônio,se seu filho nascesse homem. Os nomes “Maria e José” estão nos nomes de todos os integrantes da família, em homenagem a Nossa Senhora e São José, assim como “Miguel” “Gabriel” e ”Rafael”, em devoção aos arcanjos. “Francisco” é meu padrinho de batismo (Dom Francisco, irmão de meu pai) e “Gonzaga” homenagem a São Luiz, patrono da família.

Tem algum hobby? Algum esporte preferido? O que faz nas horas vagas?

Sou muito esportista. Jogo futebol toda semana e squash sempre que posso. Sem contar com o golfe e tênis, que já viraram tradição na família.

Dom Antônio, seu pai, é exímio pintor: Dona Gabriela, sua irmã, declarou sua inclinação para a música. V.A. tem algum pendor artístico? 

Sempre gostei muito de desenhar, Fiz curso de desenho quando era mais novo, mas há algum tempo não pratico. Aprecio muito desenhos a lápis, principalmente retratos. Sou um grande admirador dos croquis de Leonardo da Vinci.

V.A. tem algum medo? Se a resposta for positiva, qual e por quê?

Acho que todos temos medo de algo. Mas nunca deixo isso transparecer, e tento sempre enfrentar as situações em que este medo e/ou ansiedade se apresentam.

Como V.A. se define como pessoa (temperamento, caráter, etc.)? Pode comentar?

Sou discreto e reservado, e sempre me considerei tímido. Masquando a situação me permite, exercito meu senso de humor.

Elizabeth II da Inglaterra disse que, para ela, ser rainha não é trabalhoso, sendo muito feliz desempenhando suas tarefas. V.A. acha pesado ser Príncipe herdeiro do Brasil?

Não acho que seja penoso. E sempre soubemos da importância que nossa família tem na história do país.É uma preocupação constante dos monarquistas a continuidade da Família Imperial. V.A. pretende se casar?  Caso positivo,  que qualidades a princesa escolhida deveria ter para desempenhar tão importante papel?
Sim, pretendo. Acho que o mais importante é encontrar uma pessoa e que tenha os mesmos princípios e valores, e que tenha recebido a mesma educação. Isso é essencial para a felicidade de um casal, de acreditarem no mesmo ideal, e que possam passar para seus filhos.

Vemos no Brasil e no mundo uma ação feroz de meios de comunicação e legisladores no sentido de destruir a família. O que devemos fazer para preservá-la?

Vivemos num sistema econômico baseado no consumismo, onde os bens materiais passam por cima dos valores morais e cristãos. As pessoas se tornam objetos e a essência da família se perde quando se estabelecem relações “descartáveis”. Devemos enfrentar este materialismo fortalecendo a fé e a espiritualidade, sobretudo através da educação.

Na opinião de V.A., qual a principal qualidade do povo brasileiro? E o maior defeito?

Temos inúmeras qualidades. O povo brasileiro é trabalhador, alegre e bondoso. Mas eu destacaria a generosidade. O brasileiro, vendo a dificuldade do próximo, é voluntarioso e generoso. Ele se reconhece na dor do outro e por isso o ajuda. É muito difícil encontrar um defeito num povo com tantas qualidades. Mas vejo que, depois de tantas décadas de uma desastrosa República, o brasileiro desenvolveu tendência de respeitar cada vez menos os valores, as leis e os próprios indivíduos. Isso é uma ameaça às nossas qualidades natas.

O que V.A. acha do atual momento brasileiro?

A República tem um problema sério de governabilidade, que força o Brasil a ser gerido através da corrupção. Isso cria uma desilusão com relação à República. Desta maneira o povo não acredita mais nas instituições, e a vida se transforma num vale tudo. Em outras palavras, num completo desrespeito às leis e à civilidade.

Quais nossos principais problemas? O que faria para solucioná-los?

Hoje, para o país ser “governável”, a máquina precisa fomentar a corrupção e esta, por sua vez, alimenta a ineficiência. Os serviços públicos prestados à população acabam sendo de péssima qualidade. Na Bélgica, Inglaterra, Espanha e outras monarquias, em contrapartida, vemos a população sendo tratada com dignidade, especialmente os menos favorecidos.

Se tivesse que assumir o poder hoje, qual o primeiro ato de V.A.?

É difícil materializar um ato concretamente. Acho que primeiro trabalharia para aproximar a população de seu soberano. A República não escuta e não une os cidadãos.

Nas viagens de V.A. representando a Família Imperial como tem sido a receptividade com relação à monarquia, sobretudo dos jovens?

Vejo um movimento jovem crescente, o que me enche de esperança, porque cada vez mais a população tem vontade de mudar a situação política atual. E estão vendo que a Monarquia passa a ser a melhor opção para esta mudança acontecer.

V.A. considera possível a restauração da Monarquia no Brasil para breve?

Há uma ruptura clara o cidadão e o governo. E isso não tem como se sustentar a longo prazo. Não vejo recuperação possível para República. A restauração da Monarquia passa a ser uma questão de tempo.

De que fatores a restauração depende?

Basicamente de um grande trabalho de comunicação e educação, em que se evidencie a falência da República e mostre que a Monarquia é o regime do futuro, e que as pessoas entendam que não é coisa do passado.

V.A se sente preparado para dedicar-se exclusivamente à causa monárquica, se a possibilidade da restauração se desse hoje?

Com certeza. Fomos educados para servir ao país, e tomo isso como um dever e uma honra e não como direito.

Que atuação os monarquistas poderiam exercer com vistas à restauração da Monarquia?

Focar no trabalho de comunicação. Estabelecer um contato direto com núcleos da sociedade para conquistar mais brasileiros à causa. Sempre agindo de maneira humilde e generosa, como bons brasileiros.

Publicada na Revista
Herdeiros do Porvir

2 comentários:

  1. Republica é sinal de desenvolvimento e a monarquia é sinal de retrocesso.

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  2. Para provar se o que foi dito no comentário "Republica sinal de desenvolvimento e monarquia sinal de retrocesso" faz sentido, por favor acesse:

    http://www.matutando.com/ranking-da-corrupcao-global-2012-os-10-paises-mais-honestos-e-os-10-paises-mais-corruptos-do-planeta/

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