Após as excelentes entrevistas ao jornal alemão “FrankfutterAllgemaine” e à revista francesa “Point de Vue”, S.A.R. o Príncipe Dom Rafael
do Brasil concedeu uma entrevista ao site americano “Fusion”. Sua Alteza falou
sobre sua vida e carreira, sobre seu preparo para servir ao Brasil e suas
perspectivas com relação à restauração da Monarquia no Brasil. A matéria também
inclui informações interessantes sobre o crescente Movimento Monarquista em
nosso País.
Segue a tradução:
CONHEÇA O HOMEM QUE NASCEU PARA SER IMPERADOR DO BRASIL
SÃO PAULO – O Príncipe Dom Rafael de Orleans e Bragança
conta que ele terá de se casar com uma Princesa para manter seus direitos
sucessórios ao Trono Brasileiro. Mas essa é uma tradição familiar que ele está
disposto a manter viva, mesmo que não haja muitas Princesas disponíveis para
escolher no Brasil.
“Eu preciso encontrar alguém que me complete”, diz o
herdeiro brasileiro. “E isto significa que tenho de encontrar alguém que seja
capaz de me acompanhar nesse destino.”
Estamos sentados em um bar na vizinhança, cuja especialidade
é carne de coelho. Mas não estamos aqui para comer. Eu vim aqui para aprender
mais sobre a vida do Príncipe Dom Rafael, e sobre o curioso movimento político
que espera restaurar a Monarquia de sua Família.
O belo homem de trinta anos é tetraneto do último Imperador
do Brasil, Dom Pedro II. A Monarquia se foi, mas não foi esquecida. E dado o
estado lamentável da democracia brasileira, há algumas pessoas que pensam que é
hora de dar à Coroa uma nova chance de governar. É uma ideia que se encaixa bem
como os planos do Príncipe Dom Rafael para o futuro.
“É uma ideia antiquada, mas acredito que funciona,” o
Príncipe Dom Rafael, vestido com um blazer elegante e jeans escuros, diz para
mim, enquanto bebemos um café. “Alguns dos países mais bem-sucedidos da Europa
são Monarquias Parlamentaristas.
O Movimento Monarquista do Brasil ainda é razoavelmente
pequeno, e críticos zombam da ideia de que uma das maiores economias do mundo
possa retornar a uma forma de governo que foi descartada em toda a América [1].
No entanto, recentemente tem havido um aumento considerável
no interesse online pelo Movimento, uma vez que o Brasil se vê envolto em um
escândalo de corrupção multibilionário e uma briga por poder no Congresso, que
levou ao impeachment da Presidente Dilma Rousseff.
Os apoiadores da Monarquia apontam que a classe política
brasileira perdeu toda a credibilidade, e acreditam que alguém com uma vocação
superior precisa vigiá-los.
“Desde que eles são crianças, Monarcas são ensinados a
defender seu país e os interesses do seu povo”, diz Oscar Capra, um monarquista
que levou uma bandeira do Império, ao recente desfile do Dia da Independência
do Brasil, no Rio de Janeiro. “Os políticos representam apenas o interesse dos
seus partidos e trocam favores com seus patrocinadores de campanha.”
Durante o desfile, cerca de sessenta monarquistas
enfrentaram o sol forte, enquanto tremulavam bandeiras do Império e distribuíam
adesivos mostrando o Brasão da Monarquia Brasileira, do século XIX. Depois que
terminou o desfile, os monarquistas, pacientemente, fizeram fila para tirar
fotos com o Príncipe Dom Pedro Alberto, um dos primos do Príncipe Dom Rafael,
que não está na linha de sucessão ao Trono.
“As pessoas estão buscando por algo diferente, e elas estão
se lembrando de que houve algo diferente”, o Príncipe Dom Rafael me contou.
O jovem Príncipe é o quarto na linha de sucessão ao Trono
Brasileiro, e os três Príncipes à sua frente têm entre oitenta e setenta anos
[2].
O futuro Imperador afirma que sua Família está pronta para,
mais uma vez, liderar esta Nação sul-americana de duzentos milhões de
habitantes... Se os brasileiros votarem para lhes devolver o Trono.
“Nós não queremos usar a força militar para derrubar o governo”,
ele me assegura, com toda seriedade. “E não estamos falando de uma Monarquia
absoluta... O Chefe de Governo ainda teria controle sobre as políticas de
governo.”
Os monarquistas explicam que a Família Imperial serviria
como o quarto Poder governamental. Seria uma instituição hereditária que iria
“representar o povo” e garantir um peso e contrapeso adicionais ao Judiciário,
Legislativo e Executivo, além de representar o Brasil em eventos
internacionais.
Um dos ideais do Movimento é dar ao Monarca o poder de
dissolver o Parlamento e convocar novas eleições, em tempos de crise política
ou sempre que o congresso ficar muito envolvido em casos de corrupção.
Os monarquistas também querem que o Brasil se lembre de que
o governo da realeza já se encontra no DNA nacional.
Ao contrário dos Estados Unidos e o resto da América Latina,
que se desfizeram de Dinastias européias para se tornarem Repúblicas
independentes [3], a Independência do Brasil se deu substituindo uma Coroa por
outra. O País se tornou independente de Portugal sob a liderança de um Príncipe
português, que estabeleceu seu próprio Trono no Rio de Janeiro.
O Príncipe se tornou o Imperador Dom Pedro I, e ele foi
sucedido por seu filho, o Imperador Dom Pedro II, que governou o Brasil de 1831
a 1889, quando foi deposto por um golpe de Estado [4].
Os monarquistas explicam que o Imperador Dom Pedro II foi um
líder esclarecido, que unificou o País e ajudou a transformá-lo em uma das
maiores economias do mundo do século XIX. A posição forte do Brasil lhe
permitiu expandir seu território, em detrimento dos países mais fracos da
América Latina, que estavam envoltos em guerras civis ou disputas políticas.
Eles também garantem que seu Movimento é sério e viável.
Durante o Plebiscito de 1993, onde os brasileiros foram questionados acerca da
forma de governo que preferiam, 13% optaram por uma Monarquia Parlamentarista.
Apesar de a Monarquia ter perdido para a República Presidencialista por uma
margem grande, os monarquistas afirmam que a ideia não foi esquecida.
Os apoiadores do regime monárquico realizam uma série de
conferências ao redor do País, todos os anos, e, recentemente, passaram a usar
as redes sociais para expandir seu alcance e divulgar sua causa. Vários grupos
favoráveis à Monarquia surgiram no Facebook, durante os dois últimos anos, e
alguns partidos políticos monarquistas tentaram conseguir registro para
disputar as eleições.
Ainda é um Movimento pequeno. A maior página monarquista do
Facebook tem 31 mil seguidores [5], uma gota no oceano para um País com 100
milhões de usuários de Internet. Mas a esperança é a última que morre.
“Nós podemos ser não muito conhecidos, mas se educarmos mais
as pessoas, acredito que interesse pelo assunto irá crescer”, diz Charlô
Ferreson, uma cabeleireira que veio ao desfile do Dia da Independência, para
mostrar seu apoio à Monarquia.
Monarquistas argumentam que, durante a maior parte do século
XX, seu Movimento era proibido pela lei. Isso mudou apenas com a
redemocratização, em 1988.
“A República tentou apagar nossa história”, diz o apoiador
da Monarquia Oscar Capra.
O Príncipe Dom Rafael diz que, enquanto o Movimento cresce,
ele irá continuar trabalhando como executivo de vendas de uma cervejaria
multinacional. E, de alguma forma, ele terá de encontrar uma esposa na Europa,
uma vez que famílias nobres são difíceis de serem encontradas no Novo Mundo.
“Eu não quero terminar me casando com uma prima”, ele diz,
rindo.
Enquanto isso, ele continuará se comportando como sendo da
realeza.
“Eu sempre fui ensinado que tenho uma posição diferente da
dos demais”, o Príncipe Dom Rafael explica. “De modo que tenho que ser sério e
responsável com relação a isso.”
Notas da tradução:
1. O autor parece não saber que, além dos reinos caribenhos
da Comunidade Britânica e do Reino dos Países Baixos, o Canadá também é uma
Monarquia, além de ser um dos países mais desenvolvidos e democráticos do
mundo.
2. Na verdade, os três Príncipes à frente do Príncipe Dom
Rafael na sucessão são seus tios, S.A.I.R. o Príncipe Dom Luiz de Orleans e
Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, de 78 anos; S.A.I.R. o Príncipe
Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, de 75 anos; e seu pai,
S.A.R. o Príncipe Dom Antonio de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil, de 66
anos.
3. Ver nota número 1; além disso, o México também foi uma
Monarquia Constitucional por dois períodos, no século XIX.
4. No original, o autor diz que o Imperador Dom Pedro II
abdicou; para facilitar a compreensão, preferimos fazer a correção já na
tradução.
5. Esta seria a página da Pró Monarquia – Casa Imperial do
Brasil; o original diz que são apenas 29 mil seguidores, portanto, mais uma
vez, decidimos fazer a correção já no texto.
Infelizmente, o brasileiro não entende que a família real é muito menos custosa do que esses bandos de vagabundos que ficam usurpando do nosso dinheiro. E que caso fosse como em determinados países da Europa, como Dinamarca, por exemplo, um escândalo de corrupção seria resolvido facilmente. Além do que, é errado pensar que a família real seria sustentada pelo povo, uma vez que ela já tem posses o bastante para isso, basta analisar todo o tempo que eles estão fora do poder, e continuam mantendo suas posições e patrimônios. Porém, mesmo que não tivesse, não se trata de condições econômicas, e sim de nobreza. Isso está no sangue, e quando falo em nobreza não é no sentido literal da palavra, mas sim no que tange a postura, educação, estirpe. Ou seja, tem condições propícias para ocupar cargos importantes e posições, pois isso, já é cultural em sua linhagem. Mas enfim... Apesar de defender o regime, o Brasil é um país de gente alienada, e creio que enquanto tivermos nas escolas esse ensino pífio de história, exaltando Marechal Deodoro da Fonseca, como um grande herói e homem, ficará extremamente penoso clarear as mentes de nossas crianças, a base para uma mudança real. Esperança é a última que morre!
ResponderExcluirOBS: Pode se pensar que num regime democrático seria errado alguns serem elegíveis a determinadas posições por direito, o que tiraria a ideia de que qualquer um pode ocupar o máximo do poder. Mas isso, já ocorre numa monarquia parlamentarista, o primeiro ministro é alguém do povo. O fato de ser da família real ou não, é um mero detalhe. Até porque não é uma escolha, é um direito! Você já nasce com esse dever, particularmente, acho que isso pode ser até um fardo, em contraposição com privilégio. Basta analisar, por exemplo, o caso do rei Eduardo VIII que abriu mão do trono por questões de união matrimonial fora das normas monárquicas. É uma responsabilidade muito grande, e nem todos a querem.
Anônimo, a Rede Imperial é Pela Volta da Monarquia não porque acredita em "Nobreza,Sangue,Estirpe,Postura, Educação ou Sangue" e sim porque o Parlamentarismo Monárquico é a melhor ferramenta para nós o povo que realmente detêm o "Poder" de mudar esse pais e torná-lo o que ele nasceu para ser. Quem ira fazer essa mudança somos nós e não o Imperador.
Excluirhttp://rede-imperial.blogspot.com.br/2014/06/o-artigo-5-da-constituicao-federal.html
ExcluirPrezado Edemir Rosa Jr.
Excluir"Nobreza,Sangue,Estirpe,Postura, Educação ou Sangue", soa como se a Rede Imperial fosse um grupo de pessoas de vida virtual que acreditam na minha menstruação, e que apos a menopausa, tendem a me chamar de Republica Vitalicia.