Questão Militar - Uma sucessão conflitos entre a oficialidade militar e a monarquia durante o Segundo Reinado gerou uma grave crise política, levando o Exército a romper com o governo e fortalecer a campanha republicana. As raízes dessa disputa podem ser encontradas na perda de importância e espaço político pelos militares.
A composição social dos seus quadros, que até por volta de 1850 eram formados pela elite, foi adquirindo contornos mais populares. Se antes os filhos das esferas abastadas eram encorajados a seguir carreira militar, agora, devido à baixa remuneração, às precárias condições de vida e à lentidão nas promoções, apenas gente de extração social mais humilde, em geral proveniente de famílias dos próprios militares ou de burocratas do governo, se interessavam pela caserna.
A oficialidade também tinha críticas ao Império. Fortalecido como corporação após a Guerra do Paraguai, o exército passou a formar militares comprometidos com a corporação. Eles atuavam na esfera política, mas sua lealdade maior era com o exército, e não com o governo. Por sua vez a Escola Militar da Praia Vermelha, criada a princípio como instituição de ensino militar, converteu-se num centro de estudos matemáticos e humanísticos.
Sob a influência da doutrina positivista, propagada sobretudo após o ingresso de Benjamin Constant como professor da instituição, a idéia de República foi ganhando terreno. Os desentendimentos entre governo e oficiais do Exército agravaram-se em 1884, quando o Tenente-coronel Sena Madureira, oficial de prestígio que privava da amizade do Imperador, convidou um dos participantes da luta pela abolição dos escravos no Ceará a visitar a Escola de Tiro do Rio de Janeiro, da qual era comandante.
A transferência de Sena Madureira para o Rio Grande do Sul como punição gerou polêmica, levando o ministro da Guerra a proibir militares de travar discussões através da imprensa. Presidente da Província do Rio Grande do Sul, o General Deodoro da Fonseca recusou-se a cumprir a ordem e foi chamado de volta à Corte. A proibição, porém, acabou revogada e o Gabinete que a havia emitido, censurado pelo Congresso. Organizados no Clube Militar, fundado em 1887, os oficiais solicitaram através do seu presidente, Deodoro, que o ministro da Guerra desobrigasse o Exército de caçar escravos fugidos, o que na prática já ocorria.
A insatisfação militar crescia e ganhava força na tropa a propaganda republicana. Em 11 de novembro de 1889, em meio a mais uma crise, personalidades civis e militares, incluindo Rui Barbosa, Benjamin Constant, Aristides Lobo e Quintino Bocaiúva, tentaram convencer Deodoro - figura conservadora e de prestígio -a liderar o movimento contra a monarquia.
A princípio relutante em aceitar a incumbência, por ser amigo do Imperador, entre outras razões, Deodoro acabaria concordando em pelo menos derrubar o Visconde de Ouro Preto, chefe do Gabinete. Assumindo o comando da tropa, nas primeiras horas do dia 15 de novembro de 1889 Deodoro partiu para o Ministério da Guerra, onde reuniam-se os líderes monarquistas. Todos foram depostos e o Brasil acordou numa República.
A composição social dos seus quadros, que até por volta de 1850 eram formados pela elite, foi adquirindo contornos mais populares. Se antes os filhos das esferas abastadas eram encorajados a seguir carreira militar, agora, devido à baixa remuneração, às precárias condições de vida e à lentidão nas promoções, apenas gente de extração social mais humilde, em geral proveniente de famílias dos próprios militares ou de burocratas do governo, se interessavam pela caserna.
A oficialidade também tinha críticas ao Império. Fortalecido como corporação após a Guerra do Paraguai, o exército passou a formar militares comprometidos com a corporação. Eles atuavam na esfera política, mas sua lealdade maior era com o exército, e não com o governo. Por sua vez a Escola Militar da Praia Vermelha, criada a princípio como instituição de ensino militar, converteu-se num centro de estudos matemáticos e humanísticos.
Sob a influência da doutrina positivista, propagada sobretudo após o ingresso de Benjamin Constant como professor da instituição, a idéia de República foi ganhando terreno. Os desentendimentos entre governo e oficiais do Exército agravaram-se em 1884, quando o Tenente-coronel Sena Madureira, oficial de prestígio que privava da amizade do Imperador, convidou um dos participantes da luta pela abolição dos escravos no Ceará a visitar a Escola de Tiro do Rio de Janeiro, da qual era comandante.
A transferência de Sena Madureira para o Rio Grande do Sul como punição gerou polêmica, levando o ministro da Guerra a proibir militares de travar discussões através da imprensa. Presidente da Província do Rio Grande do Sul, o General Deodoro da Fonseca recusou-se a cumprir a ordem e foi chamado de volta à Corte. A proibição, porém, acabou revogada e o Gabinete que a havia emitido, censurado pelo Congresso. Organizados no Clube Militar, fundado em 1887, os oficiais solicitaram através do seu presidente, Deodoro, que o ministro da Guerra desobrigasse o Exército de caçar escravos fugidos, o que na prática já ocorria.
A insatisfação militar crescia e ganhava força na tropa a propaganda republicana. Em 11 de novembro de 1889, em meio a mais uma crise, personalidades civis e militares, incluindo Rui Barbosa, Benjamin Constant, Aristides Lobo e Quintino Bocaiúva, tentaram convencer Deodoro - figura conservadora e de prestígio -a liderar o movimento contra a monarquia.
A princípio relutante em aceitar a incumbência, por ser amigo do Imperador, entre outras razões, Deodoro acabaria concordando em pelo menos derrubar o Visconde de Ouro Preto, chefe do Gabinete. Assumindo o comando da tropa, nas primeiras horas do dia 15 de novembro de 1889 Deodoro partiu para o Ministério da Guerra, onde reuniam-se os líderes monarquistas. Todos foram depostos e o Brasil acordou numa República.
A partir de 15 de novembro de 1889 iniciou-se a destruição da memória história nacional, onde ao longo de quase 122 anos,vendeu-se uma idéia de democracia, gerada por um golpe militar e por uma minoria, que jamais amou a soberania nacional e sim apenas valorizou os seus interesses pessoais.O povo há quase 122 anos paga a alta corrupção que predominou a república.
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