"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

sábado, 29 de maio de 2010

Como Restabelecer a Dignidade Nacional







por: Aldo B. Campagnola*



Nunca a dignidade nacional foi tão afrontada como nos últimos anos.



Da implantação da República até o fim dos anos 10 do século XX, a dignidade foi mantida porque ainda os estadistas vinham do Império, como o Barão do Rio Branco, que apesar de Monarquista, serviu à República, onde se destacou na solução definitiva da questão acreana e no traçado das fronteiras do Brasil com o Uruguai. Podemos citar outros estadistas como Ouro Preto, Sinimbu, Prudente de Moraes e Rui Barbosa. Sem esquecer os regentes, que formaram o caráter de Pedro II na minoridade, o que lhe permitiu tornar-se um dos mais clarividentes chefes de Estado da 2ª metade do século dezenove, reconhecido mundialmente por sua cultura, equilíbrio e espírito democrático. Com o desaparecimento desses estadistas, o processo republicano começou a se deteriorar já a partir da revolta do Forte de Copacabana em 1922.



Posteriormente, no governo Bernardes, que governou o Brasil por 4 anos sob estado de sítio, foi criada a chamada Coluna Prestes, que atravessou o território nacional. Com a deposição do presidente Washington Luiz, iniciaram-se os processos ditatoriais (1930/1933) com a 2ª Constituinte republicana (que durou de 1934 a 1937), quando se Implantou a 2ª ditadura na República. Esta terminou com a destituição de Vargas em outubro de 1945 e a criação da 3 ª Constituinte em 1946, que ensejou um período democrático de 1946 a 1964, quando o presidente João Goulart foi deposto.



O Brasil teve a sua 4ª Constituição republicana em 1967, período que se estendeu até 1985, com a eleição Indireta de Tancredo Neves. Em 1988 tivemos a 5ª Constituição, hoje em vigor. Na redemocratização, durante o governo Sarney, começaram a aparecer nos meios de comunicação os escândalos: concessões de rádios, financiamentos etc. e a mídia foi destacando os fatos; com a eleição de Collor, seu "impeachment" por crime de responsabilidade, baseado em fatos acontecidos durante e depois das eleições. Nos 8 anos de FHC também a mídia foi bastante alimentada, principalmente com assuntos referentes às privatizações. Mas o período a partir de 2003, com a eleição de Lula, até o presente momento, tem sido o mais fértil: mensalão, demissão de ministros, aparelhamento do estado etc., com a corrupção atingindo os Três Poderes.



Assim sendo, somente o restabelecimento da Monarquia no Brasil, com a designação de imperador, desligada dos compromissos eleitorais, um Pariamentarismo Clássico, voto distrital ou mesmo distrital misto, fim do voto obrigatório, investimento maciço em educação e saúde, poderá o Brasil voltar a ter a dignidade perdida com a Implantação da República Presidencial.



* Presidente do IBEM/RS

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