"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Administração Pública


- Segundo o Ministério do Planejamento, a média salarial do funcionalismo público civil federal está em R$ 4.421,00. A dos ocupados na iniciativa privada é de pouco mais de R$ 1.000,00.


- Implantar sistemas de avaliação rigorosos e periódicos, pois atualmente os sistemas de avaliação dos funcionários públicos são ineficientes e pouco utilizados, redundando em desmotivação dos melhores funcionários.


- É preciso remover os perversos e antieconômicos mecanismos de “isonomia”, “progressão automática” e “efeito cascata”, possibilitando premiar o desempenho individual e reconhecer as desigualdades naturais.



- É necessário um sistema de gestão que profissionalize o setor público e lhe dê eficiência.



Entre dezembro de 2002 e fevereiro de 2009, o salário médio do setor privado teve um aumento real, isto é, acima da inflação, de 8,7%. No mesmo período, a remuneração média dos servidores na ativa do Executivo federal cresceu 74,2%, descontada a variação dos preços. No Legislativo, a variação chegou a 28,5%. No Judiciário, a 79,3%, segundo pesquisa citada em reportagem publicada no Estadão.



O fato é que o governo paga mais do que o setor privado. O salário da média do funcionalismo público federal é 261% maior do que em atividades equivalentes no setor privado. Há dez anos, a diferença era de “apenas” 180%, há 14 anos, de 137%.


Em dezembro de 2002, o funcionário do Executivo ganhava em média, em valores da época, R$ 2.680,00 O ganho médio do trabalhador do setor privado era de R$ 740,90. Em fevereiro de 2009, o funcionário recebia R$ 6.691,00, enquanto no setor privado a remuneração média ficava em R$ 1.154,00. A diferença é bem maior quando se consideram os salários do Legislativo (R$ 12.500,00) e do Judiciário (R$ 16.800,00).



O setor público deve passar por um choque de “profissionalização e eficientização” e, para isso, é necessária à aplicação de um sistema de Avaliação e Premiação dos Funcionários mais competentes.

Como regra geral, concedido um prazo de carência, os mecanismos de avaliação independentes deverão anualmente indicar os funcionários de maior desempenho (e receberem prêmios) e também indicar os funcionários com desempenho insatisfatório e promover o retreinamento dos mesmos ou a sua exclusão.


Considerando que os salários no setor público são superiores aos da iniciativa privada, é fundamental que em um período de no mínimo quatro anos, os gastos públicos aumentem no máximo a uma taxa de 50% do crescimento do PIB, sendo que eventuais demandas devem ser resolvidas por meio de aumento da produtividade e racionalização das atividades.



Estudo do IPEA “Eficiência do Gasto Público na América Latina” elaborado pelo economista Marcio Bruno Ribeiro analisa com profundidade a qualidade dos gastos públicos no Brasil, comparando-o com outras economias. Os índices são esclarecedores, pois a comparação entre o consumo do governo e o seu correspondente desempenho classifica o Brasil somente à frente da Bolívia, entre 17 países latino-americanos.


O conceito de igualdade no Brasil foi deturpado, significando que o que é concedido a um deve ser estendido a todos, independentemente do desempenho individual e das desigualdades naturais. Daí derivaram os mecanismos de isonomia, progressão automática e efeito cascata que acabaram por engessar a administração pública.



“Não se tem um Estado eficiente e organizado sem um funcionalismo competente, motivado e com direitos e obrigações iguais aos dos trabalhadores da iniciativa privada”

 






DESBUROCRATIZAÇÃO



- As burocracias e exigências desnecessárias do setor público são um poderoso inibidor da constituição de empresas, o que por consequência reduzem o potencial de geração de empregos e de contribuintes para o sistema de Previdência Social. Daí a urgência de implantar um programa continuado de desburocratização, que envolva os que mais sofrem com a burocracia excessiva: os cidadãos e o empresariado.



- A reforma para tornar o Estado mais ágil e racional deve ser feita por entidades externas independentes, com a cooperação e participação dos próprios órgãos públicos.



- Essa responsabilidade deve ser delegada aos Ministérios, sob controle direto do Ministro da área, que deverá providenciar a licitação e contratação de empresas privadas (nacionais e/ou estrangeiras) para apresentarem uma Proposta de Desburocratização e Desregulamentação dos Ministérios.

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